Senadores chegam aos EUA para tentar evitar taxação de Trump

Senadores foram aos Estados Unidos para uma série de reuniões com o objetivo de reverter o tarifaço de Trump

Senado brasileiro desembarca nos EUA em plena crise comercial

Missão parlamentar suprapartidária busca reverter taxação de Trump

Uma comitiva de oito senadores brasileiros chegou a Washington entre os dias 25 e 27 de julho de 2025 com um objetivo claro: evitar ou postergar a aplicação de tarifas de 50 % sobre produtos nacionais exportados para os EUA, agendadas para entrar em vigor em 1º de agosto .

A missão foi aprovada pelo Senado Federal e liderada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelsinho Trad (PSD-MS). A delegação inclui senadores de diversos partidos, como Tereza Cristina (PP-MS), Marcos Pontes (PL-SP), Esperidião Amin (PP-SC), Fernando Farias (MDB-AL), Carlos Viana (Podemos-MG), Jaques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE) .

Plano de ação: diálogo com legisladores e empresários americanos

A partir de segunda-feira, 28 de julho, a comitiva iniciou uma série de reuniões, incluindo:

Sessão na Embaixada do Brasil em Washington

Encontro na U.S. Chamber of Commerce e com representantes do Brazil‑U.S. Business Council

Articulação com deputados e senadores norte-americanos

Contatos com grandes empresas dos EUA

Os parlamentares tentam tornar tangíveis os impactos para a economia brasileira, como demissões, encarecimento de produtos nos EUA e prejuízos às cadeias produtivas, especialmente nos setores de agricultura, suco de laranja, carne e aeroespacial. Embraer e produtoras de café e suco já relataram complicações .

O contexto do “tarifaço”

2 de abril de 2025: os EUA impuseram tarifa de 10 % sobre exportações brasileiras, com vigência imediata .

9 de julho de 2025: Donald Trump anunciou tarifas de 50 %, justificando com base no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e alegadas práticas comerciais injustas do Brasil .

Brasil respondeu com abertura de processo junto à OMC, envio de uma proposta de negociação em 16 de maio, aprovações de Lei da Reciprocidade Comercial e decreto executivo em 15 de julho .

Reações oficiais do Brasil e dos EUA

O presidente Lula da Silva declarou que o governo brasileiro tentou negociar por meio de dez reuniões até 16 de maio, mas teria sido ignorado pelos EUA — que comunicaram as tarifas apenas por meio de rede social .

Lula afirmou que, caso não haja acordo, acionará a Lei da Reciprocidade aprovando medidas retaliatórias de até 50 % de tarifas sobre produtos americanos .

Vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Comércio, informou ter contatado o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, mas destacou que ainda não há resposta oficial à contraproposta enviada pelo Brasil em maio .

A administração Trump estaria preparando um novo decreto emergencial para embasar o tarifazo, o que implicaria nova base legal e mais gravidade política .

Potenciais impactos econômicos

Segundo estimativas da CNI, mais de 100 mil empregos podem ser perdidos no Brasil, e o PIB pode cair 0,2%. Exportações do agronegócio poderiam ter seu valor reduzido pela metade, e várias empresas já estão realocando produção para México ou Índia, além de optarem por disputa judicial nos EUA .

Desafios e limitações

A visita ocorre durante o recesso do Congresso americano, reduzindo o peso político das interlocuções diretas .

Empresas americanas têm se mostrado reticentes em pressionar Trump por medo de retaliação bilionária .

Autoridades brasileiras reconhecem que soluções legais via OMC podem ser inalcançáveis, já que o sistema de recursos da OMC está em compasso de espera devido à ausência de tribunal de apelações funcional .


📌 Panorama resumido

Elemento Situação

O que está em jogo Reverter ou adiar taxa de 50 % sobre exportações brasileiras a partir de 1ª de agosto
Quem interage Senadores brasileiros em missão diplomática em Washington (de 25 a 30 de julho)
Principais aliados Câmara de Comércio dos EUA, Brazil‑U.S. Business Council, congressistas americanos
Ameaça Aplicação de tarifa brutal ligada a fatores políticos domésticos no Brasil
Retaliação brasileira Ativação da Lei da Reciprocidade — tarifas iguais sobre importações americanas se necessário
Desafio legal Processo na OMC demorado e com limitação de recurso de apelação
Possível impacto econômico Perda de empregos, queda de exportações, realocação de produção industrial e agro

💬 Declarações-chave

Nelsinho Trad: “Sem confronto, com responsabilidade: defender empregos, cadeias produtivas e a parceria histórica Brasil-EUA” .

Tereza Cristina: “Proteger os brasileiros das consequências de uma taxação exagerada e injusta […] negociar e reconstruir pontes” .

Jaques Wagner: Apelou ao diálogo institucional entre as Casas legislativas dos dois países como caminho estratégico para evitar conflito bilateral .

Próximas etapas e cenário futuro

A missão parlamentar segue até 30 ou 31 de julho, com tentativas intensas de buscar apoio político e empresarial nos EUA. A expectativa brasileira é conseguir prorrogar ou anular a imposição da tarifa de 50 %. Caso Trump siga firme, o Brasil pode responder com medidas simétricas imediatas, gerando um verdadeiro embate econômico.

Com o prazo de 1º de agosto se aproximando, a situação permanece em aberta: gestores públicos, empresários e organismos internacionais acompanham como essa escalada pode moldar o comércio bilateral entre as duas maiores economias do Ocidente. Se quiser, posso trazer os últimos desdobramentos após o retorno da comitiva ao Brasil — ou acompanhar possíveis anúncio de retaliações no início de agosto.

oito senadores brasileiros que compõem a comitiva oficial enviada aos EUA para tentar evitar a aplicação da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, com seus respectivos partidos e estados:

Composição da Comissão Temporária Externa (CTEUA) – Missão aos EUA

Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Coordenador da Missão

Nelsinho Trad (PSD – Mato Grosso do Sul)

Titulares:

Tereza Cristina (PP – Mato Grosso do Sul)

Fernando Farias (MDB – Alagoas)

Jaques Wagner (PT – Bahia) – líder do governo no Senado

Suplentes (também presentes na missão):

Marcos Pontes (PL – São Paulo) – ex-astronauta

Esperidião Amin (PP – Santa Catarina)

Rogério Carvalho (PT – Sergipe)

Carlos Viana (Podemos – Minas Gerais)

A missão, suprapartidária e aprovada por unanimidade no Senado, tem como foco principal sensibilizar parlamentos e setores empresariais nos EUA sobre os impactos da medida anunciada por Trump, cuja entrada em vigor está prevista para 1º de agosto.

Os senadores iniciaram reuniões com grupos empresariais como a U.S. Chamber of Commerce e o Brazil‑U.S. Business Council, além de buscar diálogo com legisladores norte-americanos, tanto democratas quanto republicanos .


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