A Seleção Brasileira Feminina de Futebol conquistou neste sábado (2) o seu nono título da Copa América Feminina, após vencer a Colômbia em uma final dramática decidida nos pênaltis. O confronto, disputado no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, terminou empatado em 4 a 4 no tempo regulamentar e na prorrogação, com vitória brasileira por 5 a 4 nas penalidades.
Foi uma das decisões mais espetaculares da história da competição, com duas viradas, atuações de gala e protagonismo de Marta, que marcou dois gols no tempo normal e um na prorrogação.
Primeiro tempo equilibrado e repleto de tensão
A Colômbia abriu o placar com Linda Caicedo, em chute de fora da área aos 24 minutos. O Brasil só conseguiu empatar nos acréscimos do primeiro tempo, quando Angelina converteu pênalti sofrido por Luany.
Show de gols e viradas no segundo tempo
Na volta do intervalo, a Colômbia voltou à frente com gol contra de Tarciane logo no primeiro minuto. O empate brasileiro veio aos 18 minutos com Amanda Gutierres, após cruzamento de Fátima Dutra.
Pouco depois, a Colômbia fez 3 a 2 com Mayra Ramírez, aproveitando erro da zaga. Quando a vitória parecia escapar, Marta marcou um golaço de fora da área, aos 39, levando o jogo à prorrogação.
Prorrogação emocionante e definição nos pênaltis
Logo no primeiro tempo da prorrogação, Marta voltou a brilhar: aproveitou passe de Luany e marcou o quarto gol brasileiro. A Colômbia, porém, não se entregou e empatou aos 11 minutos do segundo tempo extra com falta cobrada por Leicy Santos.
Com o empate em 4 a 4 persistindo, a decisão foi para os pênaltis. Nas cobranças, o Brasil converteu com Tarciane, Amanda Gutierres, Mariza, Jhonson e Luany, enquanto Angelina e Marta desperdiçaram. Pela Colômbia, falharam Paví e Leicy Santos.
Marta brilha em despedida histórica
Aos 39 anos, Marta, maior jogadora da história do futebol feminino, disputou possivelmente sua última Copa América. Saiu ovacionada, com dois gols e uma atuação decisiva, ainda que tenha desperdiçado sua cobrança nas penalidades.
“Não poderia terminar de maneira mais emocionante. Esse grupo é maravilhoso. Lutei cada minuto por essa camisa e saio feliz por tudo o que construímos”, declarou a camisa 10, com lágrimas nos olhos.
Legado e hegemonia mantida
Com o resultado, o Brasil se mantém como maior campeão da Copa América Feminina, agora com nove conquistas (1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2025). A Colômbia, apesar da derrota, também garantiu vaga nas Olimpíadas de Los Angeles 2028, tal como o Brasil.
A seleção brasileira agora se prepara para a Finalíssima Feminina, contra a campeã da Euro, além de iniciar o ciclo olímpico com moral elevado e renovado prestígio internacional.
A final deste sábado entra para a história como um marco de competitividade e espetáculo no futebol feminino sul-americano. Um lembrete de que a hegemonia brasileira pode até ser contestada, mas ainda não foi derrubada.

