Corrupção na Cop30 é “cartão de apresentação de Lula” para convite a Trump, ao invés de telefonema para negociar tarifas

Licitação da COP30: investigação no STF revela esquema com R$ 911 milhões enquanto presidente faz graça

A licitação da COP30, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas prevista para novembro de 2025 em Belém (PA), é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria‑Geral da República (PGR) apontou provas de corrupção envolvendo contratos do governo do Pará e empresas ligadas ao deputado federal Antônio Leocádio dos Santos, conhecido como Antônio Doido (MDB‑PA), base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Sócios identificados: parentesco direto com o deputado da base governista

A J.A Construcons tem como sócia Andréa Costa Dantas, esposa de Antônio Doido. Já a JAC Engenharia está em nome de Geremias Cardoso da Hungria, funcionário de uma fazenda do deputado. Hungria, inclusive, foi flagrado recebendo R$ 380 mil em espécie das mãos do policial militar Francisco Galhardo, às vésperas das eleições municipais de 2024. A PGR afirma que os dois são “laranjas” utilizados para mascarar a real participação do deputado nos contratos milionários com o governo do Pará.

Francisco Galhardo: prisão, dinheiro em espécie e provas de corrupção

No dia 27 de setembro de 2024, o PM Francisco Galhardo foi preso em flagrante após sacar R$ 5 milhões em espécie em uma agência bancária em Belém. Segundo a investigação, Galhardo movimentou cerca de R$ 48,8 milhões em nome das construtoras investigadas. O material encontrado em seu celular — áudios, mensagens e registros de entrega de valores em endereços ligados ao deputado — levou a PGR a abrir investigação no STF.

As mensagens capturadas pela PF mostram Galhardo tratando diretamente com o então secretário estadual de Obras, Benedito Ruy Cabral, sobre a licitação de R$ 142 milhões da COP30, vencida por um consórcio liderado pelas empresas de fachada ligadas ao deputado.

Entre as mensagens trocadas no dia 20 de setembro de 2024, data do pregão vencido, Galhardo envia mensagens cifradas como:
“Vem. Entra. Na minha porta. Tá com a Andréia.” — referência direta à esposa do deputado e suposta sócia de fachada da J.A Construcons.

Empresas já receberam R$ 911 milhões do governo do Pará

Entre 2020 e 2024, a J.A Construcons e a JAC Engenharia receberam juntas R$ 911.431.050,00 em pagamentos do governo do Pará, comandado por Helder Barbalho (MDB) — aliado do presidente Lula. A soma de notas de empenho ultrapassa R$ 1 bilhão. A PGR descreve o caso como parte de uma organização criminosa montada para fraudar licitações e desviar recursos públicos por meio de contratos administrativos relacionados às obras da COP30.

Lula ignora tarifaço, foge do confronto e tenta desviar foco com convite incompreensível a Trump

Enquanto a economia brasileira começa a sentir os efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que entrou em vigor nesta terça-feira, 6 de agosto de 2025, o presidente Lula (PT) se esquiva de qualquer tentativa real de diálogo com o governo norte-americano. Lula afirmou que não pretende sequer ligar para o ex-presidente republicano. Em vez disso, preferiu anunciar, com entusiasmo deslocado, que pretende convidar Trump para comparecer à COP30 em Belém.

A proposta é vista como um gesto vazio, inócuo, carregado de teatralidade política para plateia petista e desconectado da realidade. Lula sabe — e o mundo sabe — que Trump é notoriamente avesso a pautas ambientais e à agenda climática da ONU, tendo retirado os EUA do Acordo de Paris durante seu primeiro mandato. O ex-presidente norte-americano é improvável de sequer considerar o convite, e o gesto é interpretado como uma manobra de Lula para fingir normalidade enquanto o país afunda em escândalos e prejuízos econômicos.

Analistas internacionais apontam que o Brasil poderia ter se antecipado para mitigar os efeitos do tarifaço, mas preferiu seguir a cartilha do populismo simbólico, ignorando a crise comercial e diplomática em nome de um jogo de cena que pouco impressiona o exterior. O resultado é um país encurralado, sem protagonismo internacional, envolto em lama política e agora sob suspeita de transformar a COP30 — evento que deveria celebrar compromissos ambientais — em mais um palco de corrupção e desperdício.

Detalhes e provas documentais

Empresas investigadas: J.A Construcons (esposa de deputado) e JAC Engenharia (funcionário de confiança)

Parentesco direto:

Andréa Costa Dantas (esposa de Antônio Doido); Geremias Cardoso da Hungria (funcionário de fazenda do deputado)

Francisco Galhardo: policial militar, preso em 27/09/2024, sacou R$ 5 milhões, movimentou R$ 48,8 milhões em nome das empresas

Data-chave: 20/09/2024 — licitação vencida por consórcio suspeito no valor de R$ 142 milhões

Secretário de Obras envolvido: Benedito Ruy Cabral

Pagamentos pelo governo do Pará: R$ 911 milhões já pagos, R$ 1,01 bilhão empenhado

Governador do Pará: Helder Barbalho (MDB), aliado de Lula

Tarifaço dos EUA: em vigor desde 6/8/2025, sem qualquer contato formal direto do governo brasileiro com a Casa Branca

Trump: possível candidato à reeleição em 2028, antiambientalista declarado, não compareceu nem à COP26 nem à COP27

A COP30 — que deveria colocar o Brasil no centro das soluções ambientais — se tornou um símbolo daquilo que o país mais tenta esconder: corrupção institucionalizada, contratos com empresas de fachada, lavagem de dinheiro e uma diplomacia de aparências. O convite de Lula a Trump, em vez de um gesto de liderança, soa como uma distração tola diante de um tarifaço real, que atinge diretamente a indústria nacional.

Com investigações em curso no STF, prisões, provas robustas de fraude e corrupção e um governo que prefere encenar convites a lidar com os problemas reais, o Brasil arrisca transformar um evento climático histórico num vexame internacional.


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