Otan diz que Rússia e China se preparam para guerra contra a aliança

De acordo com chefe da Otan, Mark Rutte, Rússia e China estão expandindo capacidades militares para guerra a longo prazo com a aliança

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) alertou no dia 27 de agosto de 2025 que Rússia e China estão se preparando para um possível conflito militar de longo prazo contra a aliança ocidental. A declaração foi feita pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, onde destacou o rápido crescimento das capacidades militares de Moscou e Pequim, além da pouca transparência dessas ações, que revelam um claro planejamento estratégico para competir e possivelmente entrar em conflito direto com a aliança atlântica.

“Rússia e China estão expandindo suas Forças Armadas e suas capacidades em velocidade e escala”, disse Rutte durante inauguração de uma fábrica de munições no município alemão de Unterlüß. “Seu reforço militar aponta para uma direção clara: eles estão se preparando para um confronto e competição de longo prazo, conosco [Otan]”, disse Mark Rutte.

O líder da Otan voltou a pedir que os 32 países membros da aliança reforcem sua área de Defesa e invistam mais na área de indústrias militares.

Desde o início do conflito na Ucrânia, a aliança tem sido uma das principais fontes de assistência militar ao país liderado por Volodymyr Zelensky. Apesar do investimento, a guerra com a Rússia se arrasta por mais de três anos. Com isso, a Otan já admitiu publicamente que os arsenais dos países membros estavam se esgotando.

Em maio deste ano, Rutte declarou que a Rússia é superior ao bloco, como um todo, em termos de produção de munições — o que seria uma das explicações para a superioridade no campo de batalha.

O general Alexis Grykewich, comandante supremo das forças aliadas na Europa desde 2025, também alertou para a possibilidade da China iniciar operações militares contra Taiwan até 2027, com apoio potencial da Rússia para confrontar territórios da Otan, aumentando assim o risco de um conflito em múltiplas frentes.

A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma invasão em grande escala contra o país vizinho, desencadeando o maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. O confronto já levou a milhares de mortes e milhões de deslocados, além de gerar uma crise humanitária e econômica global.

O conflito tem suas raízes em tensões desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e houve rebeliões em áreas do leste da Ucrânia. Durante o período de 2022 a 2025, o Ocidente, via Otan e países aliados, tem fornecido suporte político e militar à Ucrânia, mas evita envolvimento direto para não alimentar uma escalada global.

Em 2025, a Otan intensificou seus investimentos e a cooperação militar, expandindo sua capacidade de produção bélica, inclusive com a Alemanha inaugurando uma nova fábrica voltada à maior produção de munições da Europa, como resposta às ameaças crescentes. O secretário-geral Rutte destacou a importância deste esforço para garantir a segurança coletiva diante dos “desafios” vindos da Rússia e China.

A aliança também monitora atentamente as relações entre Rússia, China e países emergentes como Brasil, Índia e demais membros do BRICS, alertando sobre riscos econômicos e políticos decorrentes dessas parcerias.


Este alerta da Otan reforça o clima de tensão global, situando a guerra da Ucrânia como ponto de partida para a possível escalada que envolve agora uma nova fase de preparo militar conflitante envolvendo também a China.


Um comentário

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