Na manhã desta quinta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu na porta de sua casa no Jardim Botânico em Brasília, acenou para jornalistas e apoiadores, em um gesto altamente simbólico no contexto do julgamento decisivo que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF).
Aparição pública em meio a julgamento
Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar no condomínio Solar de Brasília, desde agosto por ordem do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), se deixou fotografar em frente à residência acompanhado de um cunhado, Eduardo Torres, sem dar declarações à imprensa.
O ex-presidente sorriu e acenou antes de retornar para o interior do imóvel, repetindo o comportamento discreto que vem adotando desde o início da análise do caso pela Primeira Turma do STF, que pode definir seu futuro político e criminal.
Segurança reforçada e clima de tensão
Desde o início do monitoramento 24 horas, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, há presença constante de policiais à paisana posicionados próximas ao condomínio. A medida foi adotada após avaliação de risco de fuga e intensificação das acusações contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
A aparição de Bolsonaro ocorre poucas horas antes do julgamento que pode torná-lo inelegível e, eventualmente, condená-lo criminalmente, aumentando o clima de expectativa e mobilização entre apoiadores, que organizaram vigílias nas proximidades do condomínio desde a noite anterior. Sua equipe jurídica afirmou que ele acompanha atentamente os desdobramentos jurídicos
Internautas nas redes sociais repercutiram o gesto de Bolsonaro, destacando a postura calma sob forte pressão institucional.
Lideranças bolsonaristas defenderam a inocência do ex-presidente e criticaram o STF; enquanto adversários apontaram sinais de tensão e isolamento político diante do processo judicial.
O aceno silencioso de Bolsonaro à imprensa pode ser interpretado tanto como demonstração de resiliência quanto como estratégia de cautela, num momento de alta exposição midiática e judicial.

