Showmiício com Chico, Gil, Caetano reúne 48 mil em Copacabana

Atos políticos contra anistia e blindagem de políticos reuniu artistas contra PECs que tramitam no Congresso

Milhares de pessoas participaram na tarde deste domingo (21) de um grande showmício de esquerda na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, em protesto contra a proposta de anistia aos condenados pelos por suposta tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023 e contra a chamada PEC da Blindagem, que dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares.

Artistas de esquerda fizeram show politizado reunindo manifestantes

O evento reuniu grandes nomes da música brasileira, lideranças políticas de esquerda e movimentos sociais, reafirmando um apelo vigoroso pela defesa do que eles acreditam ser democracia e pelo fim do projetov de blindagem de parlamentare.

Contexto Político

A manifestação ocorre em resposta à aprovação, pela Câmara dos Deputados, da PEC da Blindagem, que impõe a exigência de autorização do Congresso para que processos penais contra senadores e deputados sejam abertos.

Além disso, tramita na casa o projeto que visa conceder anistia a condenados por crimes relacionados à suposta, alegada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tentativa de golpe em 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados próximos, o que teve ampla repercussão negativa entre governistas apoiadores de Lula.

O Showmício

O ato em Copacabana começou às 14h, na altura do posto 5, e atingiu seu auge por volta das 16h, com cerca de 41,8 mil participantes, conforme levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap, em colaboração com a ONG More in Common.

A contagem foi realizada por meio de fotos aéreas e software especializado, e tem margem de erro de aproximadamente 12%.

Artistas consagrados subiram ao palco, como Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso, Djavan e Paulinho da Viola, alguns vestindo cores da bandeira nacional.

Maria Gadú abriu o espetáculo cantando “Como Nossos Pais”, de Elis Regina.

Além dos músicos, personalidades como Dira Paes, Alessandra Negrini, Jorge Vercilo e Alice Carvalho participaram, assim como líderes de partidos daextrema esquerda como PT, PSOL e PCdoB.

Discursos reforçaram críticas ao Congresso e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apontado como “inimigo do povo” em cartazes e faixas.

Atmosfera e Participação

A cor vermelha predominou entre os participantes, simbolizando o campo progressista, mas muitos também usavam verde, amarelo e azul, evocando valores nacionais. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Sem Anistia”, “Viva a Democracia” e “Quero ver Bolsonaro na prisão”.

De acordo com relatos, pequenos tumultos ocorreram devido à interdição de vias, empurra-empurra e pessoas passando mal sob o forte calor de 36°C. O evento foi encerrado por volta das 18h30, sem registros de ocorrências graves.

Impacto Nacional

O protesto em Copacabana somou-se a manifestações simultâneas em ao menos 18 capitais brasileiras, além de mobilizações internacionais.

Em São Paulo, por exemplo, a avenida Paulista reuniu aproximadamente 42,4 mil pessoas, no movimento contra a anistia e a blindagem parlamentar.

O ato teve discursos dos deputados federais Guilherme Boulos (PSOL), Vicentinho (PT) e Tabata Amaral (PSB), além do padre Júlio Lancellotti.

Ato na Paulista reuniu 41 mil esquerdistas

Movimentos como Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo estiveram à frente da organização nos grandes centros urbanos.

Fala dos Artistas

Durante suas apresentações, Caetano Veloso afirmou que “a democracia resiste”. Gilberto Gil destacou que o país já superou momentos difíceis anteriormente e que a busca pela autonomia é o “bem maior do povo”. Gil já foi ministro de Lula.

O showmício em Copacabana deixou claro que esses artistas concordam com o que a oposição ao governo Lula combate, como a censura e perseguição com uso da Lei e dpo poder imposta pelo STF aos opositores da direita.


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