Cientista brasileira morre atropelada na faixa em Portugal

Família arrecada cerca de R$ 120 mil para traslado após vaquinha pela internet

A pesquisadora brasileira Flávia Vasconcelos de Mello, que fazia pós-doutorado em Portugal, foi atropelada por um carro e morreu em Lisboa na última quinta-feira (25).

O acidente ocorreu quando a brasileira atravessava uma faixa de pedestres.

Uma testemunha relatou que o acidente gerou mobilização, incluindo a presença de dois médicos que moram na região. Uma ambulância foi chamada e a equipe tentou reanimar Flávia, sem sucesso.

Amigos e familiares organizaram uma “vaquinha” online e arrecadaram mais de R$ 120 mil para custear o traslado do corpo. Foram mais de 900 doações.

O valor, segundo os idealizadores da iniciativa, ajudará a custear as passagens aéreas das irmãs e dos pais de Flávia para acompanhar os trâmites legais e o transporte do corpo da cientista de volta ao Brasil. A expectativa é que o velório seja realizado no Rio de Janeiro.

Flávia fez graduação em Ciências Biológicas e tinha mestrado e doutorado em Ecologia, todos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Segundo informações de seu currículo Lattes, ela fazia pós-doutorado no Instituto Português do Mar e Atmosfera pelo Centro de Ciências do Mar e do Meio Ambiente (Mare), em Lisboa.

O Mare divulgou uma nota de pesar em que lamenta a morte de Flávia. “A sua dedicação, competência e espírito colaborativo marcaram profundamente colegas e estudantes, deixando um legado de ciência e amizade que permanecerá entre nós. Será sempre lembrada por sua energia contagiante, pela alegria de viver e pelo humor inconfundível.”

Yago Bezerra, namorado de Flávia e com quem a pesquisadora morava, publicou homenagens em seu perfil no Instagram. “Muito obrigado por cada segundo que vivi com você, você me ensinou tudo. Só esqueceu de me ensinar a ficar sem você”, lamentou.


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