Barroso anuncia saída do STF e abre espaço para indicação de Lula

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quinta-feira (9/10) sua saída da Corte, antes do prazo de aposentadoria compulsória

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou, nesta quinta-feira (9/), a sua saída do Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração ocorre após especulações da saída dele do cargo de ministro ao término da presidência, em 29 de setembro, com a chegada de Edson Fachin ao comando do STF no próximo biênio.

O anúncio foi feito no fim da sessão de hoje do STF. Ele afirmou que deve trabalhar no tribunal até semana que vem, e depois se despedirá.

O ministro fez a declaração da saída com voz embargada, se interrompeu algumas vezes para tomar água e brincou dizendo que, apesar disso, tinha se preparado para este momento.

O ministro afirmou que é hora de tomar novos rumos, que ele não sabe quais são, mas indicou, por exemplo, que quer dedicar mais tempo à literatura.

“Sinto que agora é hora de seguir outros rumos, que nem sei se estão definidos. Não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais a vida que me resta, sem as disposições, obrigações e exigências públicas do cargo — com mais literatura e poesia.

Ao comunicar a saída, Barroso declarou que só pretende ficar mais alguns dias, a fim de entregar pedidos de vista e resolver pendências. No entanto, em plenário, a saída é imediata: “Essa é a última sessão plenária de que participo”, disse.

Os Estados Unidos impuseram sanções ao ministro Luís Roberto Barroso em julho de 2025, inseridas no pacote de medidas da chamada Lei Magnitsky, que visa punir violações de direitos humanos e corrupção.

A imposição dessas sanções foi anunciada por autoridades americanas, incluindo o Secretário de Estado Marco Rubio, que revogou o visto de entrada de Barroso e outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que eles participaram de uma “caça às bruxas política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos na “trama golpista”.

Essas sanções incluíram a suspensão do visto de Barroso, impedindo sua entrada e participação em compromissos acadêmicos e pessoais nos EUA.

A saída do ministro era esperada e movimenta os bastidores palacianos há meses. Com a vaga aberta, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá uma terceira indicação, neste mandato, entre os 11 ministros.


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