Libertação das vítimas dos terroristas do Hamas faz parte do acordo de cessar-fogo construído com a ajuda dos EUA e de países árabes
Todos os 20 reféns israelenses vivos que ainda estavam em poder do Hamas na Faixa de Gaza foram libertados nesta segunda-feira, 13 de outubro de 2025, marcando o fim de mais de dois anos de cativeiro e compondo o principal avanço do novo acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Os reféns foram entregues em duas etapas à Cruz Vermelha, logo nas primeiras horas de segunda-feira (13). O primeiro grupo, com sete pessoas, foi solto por volta das 2h da manhã no horário local, seguido por outros treze, duas horas depois, todos encaminhados imediatamente para bases israelenses, onde receberam atendimento médico e reencontraram suas famílias.

24.
Sequestrado no Nova Music Festival em 7 de outubro de 2023.
Mantido pelos jihadistas de Gaza por 2 anos no subsolo, com pouca comida e sem luz do dia.
Torturado.
Forçado a cavar sua própria cova.
Finalmente, voltando para casa.
Muitos já tiveram suas identidades confirmadas, incluindo militares e civis sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023. Eles passaram 738 dias em cativeiro sob tensão, privação e incerteza até a operação desta manhã.
O acordo de cessar-fogo e a troca de prisioneirosA libertação faz parte de um tratado de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia, com articulação pessoal do presidente Donald Trump, que está em visita a Israel.
Pelo acordo, Israel libertará 1.718 palestinos detidos desde o início da guerra e outros 250 prisioneiros que cumpriam prisão perpétua. Ônibus com prisioneiros palestinos já chegaram a Gaza, Cisjordânia e outros destinos designados como parte do cumprimento das exigências de ambos os lados.
Milhares celebraram em Tel Aviv e outras cidades israelenses após o anúncio oficial. O clima era de alívio e emoção entre familiares e cidadãos, apesar da lembrança das 28 vítimas cuja morte já foi confirmada e que permanecem com os restos mortais a serem devolvidos pelo Hamas.
O plano de paz ainda prevê a entrega desses corpos nos próximos dias, com a colaboração de uma força-tarefa internacional liderada pela Turquia para localizar e identificar os restos mortais.
Agências humanitárias também confirmaram o início da entrada de caminhões carregados com medicamentos, alimentos e combustível à Faixa de Gaza, ponto central para conter a crise humanitária após mais de 67 mil mortos e centenas de milhares de feridos em Gaza desde o início do conflito.
A libertação dos reféns ocorre poucas horas antes da cúpula internacional sobre Gaza, no Egito, que contará com a participação de líderes de mais de 20 países, incluindo Donald Trump, Netanyahu e representantes europeus.
O futuro político de Gaza segue indefinido, com Israel exigindo o desarmamento do Hamas, enquanto o grupo demanda a retirada total das tropas israelenses e a criação de uma administração civil independente.
O governo israelense, por sua vez, salientou que pela primeira vez em mais de dois anos não há mais nenhum refém vivo em poder do Hamas, mas ainda exige a devolução dos corpos restantes e esclarecimentos sobre dois desaparecidos cujo paradeiro segue incerto.
A operação é vista como um dos maiores avanços diplomáticos desde o início do conflito em 2023 e poderá ser determinante para os rumos da estabilidade regional no Oriente Médio nos próximos meses.

