Moraes solta vigia que o chamou de satanista, mas mantém medidas restritivas

O homem que chamou Alexandre de Moraes de “satanista” e foi preso se chama Glaudiston da Silva Cabral. Ele se tornou réu no Supremo Tribunal Federal após reiteradas ofensas, que incluíram publicações em redes sociais e uma petição protocolada em Vara Criminal chamando Moraes de “pedófilo”, “sacrificador de crianças” e associando-o a rituais de magia negra, além de outras acusações a ministros do STF e agentes da Polícia Federal.

Segundo o processo, as ações de Glaudiston fizeram parte de movimentos antidemocráticos e ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de incitação ao crime e associação criminosa.

Em abril de 2024, Moraes determinou medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de redes sociais e contato com investigados. Em abril de 2025, após descumprir essas restrições, ele teve a prisão preventiva decretada.

A Defensoria Pública argumentou que Glaudiston trabalha como vigia escolar e preenchia requisitos para responder ao processo em liberdade. Inicialmente o pedido de liberdade foi negado, mas após a Primeira Turma do STF receber integralmente a denúncia, Moraes reconsiderou e revogou a prisão, entendendo que o novo cenário processual afastou o risco concreto que justificava a custódia cautelar.

O réu agora deve cumprir medidas como tornozeleira eletrônica, proibição do uso de redes sociais, suspensão de porte de arma e entrega do passaporte. O descumprimento de qualquer medida pode levar à decretação da prisão novamente.


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