Maioria dos moradores do Rio querem classificar como terroristas facções como Comando Vermelho e endurecer penas contra homicídios, mostra pesquisa

85% dos moradores do RJ apoiam aumentar pena para homicídio por organizações criminosas e 72%, enquadrá-las como terroristas

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 3 de novembro de 2025, pelo Instituto Quaest revela que 85% dos moradores do Rio de Janeiro apoiam o aumento da pena para homicídios cometidos a mando de organizações criminosas, enquanto 72% são favoráveis a enquadrar essas facções como terroristas. Os dados refletem a crescente preocupação da população com a violência urbana e a atuação de grupos criminosos organizados que dominam áreas populares na cidade.

O levantamento ouviu moradores de diferentes regiões do estado, enfatizando o anseio por medidas punitivas mais rigorosas e um combate mais efetivo às facções. O aumento da pena para assassinatos cometidos sob encomenda representa uma resposta direta à impunidade percebida em crimes encomendados por milícias e grupos criminosos como o Comando Vermelho, Amigos dos Amigos e Terceiro Comando.

A intenção de classificar essas organizações como terroristas também é significativa, pois abre caminho para o emprego de leis e estratégias de combate específicas, incluindo maior rigor nas investigações, controle de ativos financeiros e restrições legais mais severas, além do combate ampliado a suas estruturas e lideranças.

Essas posições públicas, em amplo consenso na população carioca, coincidem com os debates travados no Supremo Tribunal Federal e em outras esferas do Judiciário e do Legislativo sobre o endurecimento da legislação penal e a adoção de medidas mais enérgicas contra o crime organizado.

O contexto da pesquisa se insere num momento de alta turbulência na segurança pública do Rio de Janeiro, marcado por operações policiais intensas, episódios de violência e discussões políticas sobre como enfrentar o domínio dos grupos armados nas favelas.

Especialistas em segurança pública consideram que o apoio popular amplo a essas medidas pode influenciar decisões políticas e reforçar a agenda de combate ao crime pesado, embora alertem para a necessidade de políticas integradas que combinem repressão e inclusão social para resultados sustentáveis.

Resumo dos principais dados da pesquisa:

  • 85% dos moradores do Rio apoiam aumentar a pena para homicídios a mando de organizações criminosas.
  • 72% apoiam classificar essas organizações como grupos terroristas.
  • A opinião pública revela um anseio por respostas duras e efetivas diante da violência e do controle territorial por facções.

A pesquisa Quaest contribui para uma avaliação importante do sentimento social em relação aos desafios da segurança pública no Rio, destacando o clamor por mudanças legais e estratégias mais rigorosas no enfrentamento do crime organizado.


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