A 9ª fase da Operação Overclean investiga desvios milionários em contratos e fraudes em licitações na educação, com prisões e mandados cumpridos em São Paulo, Tocantins e Brasília. Saiba os detalhes.
Nesta quinta-feira (6), a Polícia Federal deflagrou a 9ª fase da Operação Overclean, dando continuidade às investigações contra uma organização criminosa voltada para fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e corrupção, principalmente em contratos ligados à área da educação.
A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Palmas e Gurupi, no Tocantins.Entre os principais investigados nesta etapa estão:
- Claudinei Aparecido Quaresemin, ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos do Tocantins, suspeito de favorecer empresas ligadas ao grupo investigado em licitações no estado.
- Éder Martins Fernandes, ex-secretário-executivo de Educação do Tocantins, apontado como um dos responsáveis por direcionar contratos e auxiliar na liberação irregular de recursos públicos.
- Luiz Cláudio Freire de Souza França, advogado e atual secretário-geral do Podemos, que, segundo investigações, atuava na articulação entre interesses privados e o núcleo político da organização criminosa.
- Itallo Moreira de Almeida, ex-diretor administrativo da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, investigado por fraudes na direção de contratos e na prestação de contas.
Danilo de Azevedo Costa, secretário municipal de Educação de Sumaré (SP) e também com passagem pelos governos de Goiás e Tocantins, foi um dos alvos importantes foi um dos alvos.
Nesta fase, a Polícia Federal realizou cinco mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Dois investigados, Danilo Pinto da Silva e Éder Martins Fernandes, foram presos na operaçãoanterior, sendo Danilo apontado por obstrução das investigações.
As apurações indicam que o esquema envolvia desvios milhonários de emendas parlamentares destinados ao Tocantins, com superfaturamento e o uso de empresas de fachada para simular contratos de serviços educacionais e tecnológicos, permitindo o repasse ilegal de recursos.
Desde a deflagração da Operação Overclean, em dezembro de 2024, já foram identificados contratos suspeitos que somam cerca de R$ 1,4 bilhão, envolvento políticos e servidores públicos em vários estados, entre eles Bahia, São Paulo, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.
O Podemos, partido ao qual Luiz França é filiado, divulgou nota afirmando que ele atua profissionalmente como advogado e que apoia as investigações.
A Operação Overclean é um esforço coordenado da Polícia Federal com a Controladoria-Geral da União e a Receita Federal para desarticular esquemas complexos de corrupção que comprometem recursos públicos essenciais, principalmente em áreas prioritárias como a educação.





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