Faturamento de 87 bancos com empréstimos consignados de aposentados no INSS dobrou em 5 anos. Sentenças judiciais apontam casos de fraudes
Uma nova investigação do site Metrópoles mostra como bancos privados cresceram e enriqueceram com empréstimos consignados a aposentados em meio a fraude de descontos criminosos de aposentadorias e pensões do INSS.
Segundo o site, em meio a denúncias e condenações judiciais por fraudes e abordagens abusivas, bancos brasileiros dobraram seus ganhos com empréstimos consignados para aposentados em todo o país e faturaram R$ 466 bilhões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nos últimos cinco anos.
São 87 bancos que mantêm ou mantiveram Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS até este ano para explorarem essa modalidade de crédito. Os números revelam ascensões meteóricas de instituições que superaram 100 mil consignados por mês pouco tempo após entrarem neste mercado.
Assim como ocorria nos descontos feitos pelas associações investigadas — todos suspensos pelo INSS após a operação —, os empréstimos consignados realizados pelos bancos, por meio de acordos semelhantes com o instituto de previdência, acumulam reclamações em órgãos de defesa do consumidor e condenações na Justiça por fraudes — descontos de consignados feitos sem autorização do aposentado.
Os números fornecidos pelo INSS por meio da Lei de acesso à informação contemplam dados de faturamento e de novos empréstimos mensais, de janeiro de 2020 até outubro deste ano. No início do período, os bancos faturavam R$ 4 bilhões mensais com consignados, acumulando R$ 50,6 bilhões naquele ano. Com um pico de crescimento durante a pandemia, saltou para até R$ 9 bilhões no mês, fechando 2024 com R$ 100,8 bilhões.
No mesmo período, a carteira de empréstimos ativos saltou 52%, passando de 23 milhões para 35 milhões de contratos. A partir de 2020, houve uma explosão de bancos credenciados pelo INSS para operar consignados — de 52 instituições para 87. Entre eles, destacam-se o C6 e o Agibank, que cresceram meteoricamente, chegando a 3,36 milhões e 1,57 milhão de consignados neste ano, respectivamente.
As entidades usavam os mesmos correspondentes bancários de grandes instituições financeiras para filiar novos associados. Além disso, assim como as associações, bancos só podem descontar diretamente da folha de aposentados mediante acordos de cooperação técnica (ACTs) com o INSS – foram 91 acordos assinados com bancos nos últimos cinco anos.
Os mesmos ex-diretores do INSS suspeitos de receber propina das entidades que fraudaram descontos associativos firmaram os acordos entre o órgão federal e os bancos.
A diferença entre os dois mercados é que muitas das associações da Farra do INSS eram fantasmas — estavam em nome de laranjas e não prestavam serviços aos aposentados que filiaram — em diversos casos, foi constatado que 100% de seus associados eram vítimas de fraude.
No caso dos bancos, as instituições existem de fato, têm uma base grande de correntistas e clientes voluntários dos consignados. Por isso, é difícil mensurar o percentual de fraudes cometidas por essas instituições ou seus representantes contra aposentados.
No entanto, órgãos públicos têm constatado aumento expressivo de queixas sobre crédito consignado no INSS. A Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), por exemplo, registrou 35,6 mil reclamações sobre o assunto entre clientes de bancos, empresas do setor financeiro e administradores de cartões, no primeiro quadrimestre de 2025. No ano anterior, eram 22,2 mil.
O Metrópoles levantou pelo menos dez casos de condenações judiciais por fraude envolvendo cada um dos bancos citados nesta reportagem. Confira a matéria do Metrópoles aqui.
Bancos famosos como o C6, o BMG e o Itaú estão entre os que praticavam empréstimos aos vulneráveis. O Agibank, chegando a 1,57 milhão de empréstimos na carteira hoje e R$ 14,8 bilhões repassados pelo INSS desde 2020. Em alguns momentos, a velocidade de crescimento foi impressionante. No segundo semestre de 2021, a instituição saiu de 20 mil empréstimos para 461 mil, ou seja, multiplicou sua carteira 23 vezes.
O Agibank acumula reclamações no Judiciário sobre portabilidade indevida de suas contas de aposentadoria para o banco. Nos últimos meses, o INSS chegou a suspender o ACT com dele em razão dessas queixas. O banco acabou assinando um termo de ajustamento de conduta no qual se comprometeu a não dificultar mais a portabilidade para outras instituições e a ser mais transparente com os segurados.





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