O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ligou para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir iniciativas conjuntas de combate ao crime organizado. O telefonema, com duração de cerca de 40 minutos, ocorreu num contexto de crescente preocupação com o avanço de facções criminosas transnacionais e a cooperação internacional em segurança pública.
Durante a ligação, Lula enfatizou a necessidade de ampliar a cooperação internacional no enfrentamento ao crime organizado, ressaltando a força e sofisticação das quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas, armas e crimes financeiros.
O presidente brasileiro destacou operações recentes consideradas históricas no país, fruto de integração entre forças policiais federais brasileiras e internacionais. Durante a conversa, Donald Trump manifestou disposição para fortalecer as parcerias na área de segurança, promovendo intercâmbio de informações e possíveis ações conjuntas de inteligência.
A chamada ocorre em meio a pressões dos Estados Unidos para endurecer o combate ao crime transnacional, principalmente na América Latina, e possíveis classificações de grandes facções sul-americanas como organizações terroristas pelo governo norte-americano. O governo Lula quer mostrar capacidade e disposição para agir em sintonia com os EUA, sobretudo diante do aumento da influência dos cartéis nas rotas internacionais de tráfico.
A relação Lula-Trump tem alternado momentos de divergência e pragmatismo. No telefonema, ambos os presidentes destacaram pontos de interesse mútuo, incluindo temas econômicos e comerciais, mas deram foco à questão do crime organizado. Lula reiterou, ainda, que considera fundamental integrar o Brasil à cadeia internacional de segurança para desarticular o crime e proteger fronteiras do narcotráfico.
Fontes do governo brasileiro indicaram que novas conversas e reuniões presenciais estão previstas para aprofundar a cooperação operacional e política nessa área.
Declarações oficiais
Após a conversa, tanto a Presidência do Brasil quanto a Casa Branca divulgaram nota oficial destacando o “tom amistoso” e a disposição de ambos os governos em avançar na agenda de segurança, enfatizando a importância do compartilhamento de dados, tecnologia e estratégias de inteligência contra o crime organizado internacional.



