Bolsonaro pede autorização para ser operado e prisão domiciliar humanitária

Médicos estimam que as cirurgias a que Jair Bolsonaro deve submetido demandam “imediata internação hospitalar, de 5 a 7 dias”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ele realizar uma cirurgia. Além disso, os advogados do ex-presidente também pediram que Bolsonaro seja transferido para prisão domiciliar humanitária.

“Diante de todo o exposto, das provas médicas acostadas e da excepcional gravidade do quadro clínico apresentado, requer a Vossa Excelência: Autorização e remoção do Peticionário ao hospital DF Star, a fim de que possa ser submetido às intervenções cirúrgicas indicadas pelos médicos responsáveis pelo seu tratamento, bem como sua permanência no hospital pelo tempo necessário”, escreveram os advogados.

Os médicos estimam que as cirurgias a que Jair Bolsonaro deve submetido demandam “imediata internação hospitalar, de 5 a 7 dias”.

“Conforme informado pelo médico responsável pelo tratamento, o ex-presidente precisa passar por cirurgia tanto para tratamento do quadro de soluços, sequela das cirurgias já registrada nos presentes autos, como em razão da piora do diagnóstico de hernia inguinal unilateral, que também indica a necessidade de intervenção cirúrgica”, afirma a defesa.

A defesa disse que “houve novas intercorrências médicas que demandam a pronta atenção” do STF ao estado de saúde do ex-presidente.

Para a prisão domiciliar, os advogados sugerem a adoção de monitoramento eletrônico de Bolsonaro e “demais condições” que Moraes achar necessárias.

“Em consonância com a jurisprudência firmada desta Suprema Corte e com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, do direito à saúde e da proteção integral ao idoso”, escreveram.

Os advogados do ex-presidente também pediram que Bolsonaro tenha autorização para ser transportado para tratamento médico sem comunicação prévia.

“A autorização para deslocamento exclusivo para tratamento médico, mediante prévia comunicação, ou, em casos de urgência, com posterior justificativa”.

A defesa de Bolsonaro enviou um relatório médico informando a necessidade de tratamento cirúrgico.

“Nas últimas semanas tem se queixado de dores e desconforto na região inguinal, potencializados pelo aumento de pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços. Assim torna-se necessário o tratamento cirúrgico sob anestesia geral”, dizem os médicos.

Os advogados de Bolsonaro afirmam que o ex-presidente tem quadro de soluços que não cessam.

“O sintoma já levou o peticionante ao hospital por episódios de falta de ar e síncope, revelando risco real de descompensação súbita e hoje, conforme agora informando, exige intervenção cirúrgica”, afirma a defesa.


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