Ministério confirma investigação de pedofilia em Marajó, denunciada por Damares

Senadora eleita pelo Distrito Federal expôs o tema durante culto religioso

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Durante o evento religioso em Goiânia, capital de Goiás, no último sábado (8), a senadora eleita Damares Alves declarou que existem casos de crianças no arquipélago do Marajó, vítimas de tráfico para o exterior e submetidas a mutilações corporais e regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.

O Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos emitiu nota à imprensa nesta terça-feira, (11), para confirmar que existem inquéritos instaurados para investigar os casos citados pela ex-ministra da pasta, de crimes sexuais e tráfico de crianças na Ilha no Estado do Pará.

O Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) pediu na segunda-feira explicações ao Ministério Mulher, da Família e dos Direitos Humanos sobre as investigações e as ações tomadas para combatê-los.

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O órgão confirmou os casos citados pela senadora. De acordo com a nota, o ministério “esclarece que as afirmações feitas pela ex-ministra Damares Alves foram apresentadas com base em numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”.

A nota segue afirmando que, especificamente sobre aquela região no Pará, o programa Abrace o Marajó foi criado “como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental, que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia Brasileira”.

De acordo com o ministério, desde 2020, ao menos R$ 950 milhões foram investidos em ações para o desenvolvimento econômico e social do arquipélago, enquanto o governo federal mobiliza os ministérios da Saúde e Cidadania, Educação, Minas e Energia, Comunicações, entre outros, para fortalecer as ações.

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A nota também aponta que as denúncias registradas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos são de caráter sigiloso, entretanto, acessíveis a toda população. Para denúncias, o órgão disponibiliza o disque 100 ou o aplicativo Direitos Humanos Brasil, serviço também disponível por chat e pelo endereço eletrônico da central:

https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/.

“As denúncias recebidas pela ONDH são encaminhadas aos órgãos competentes e, posteriormente, monitoradas para assegurar o bom andamento das demandas. Os dados coletados auxiliam, entre outras ações, nas operações integradas, a exemplo da Parador 27 — contra a exploração sexual de crianças e adolescentes”, encerra a nota.

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