PESSOAS FÍSICAS DOARAM 50 VEZES MAIS PARA PRESIDENTE DO QUE PARA EX-PRESIDENTE
Mesmo com o crescimento das doações ao candidato do PL, presidente da República, Jair Bolsonaro, o ex-presidente segue com mais verba para gastar na campanha, graças ao dinheiro repassado para os partidos.
Lula tem R$ 126 milhões no total, ante R$ 85 milhões de Bolsonaro.
Desde a primeira etapa da disputa pela Presidência da República, o candidato do PL recebeu mais apoio financeiro das pessoas físicas com R$ 25 milhões em doações. Duas semanas depois do primeiro turno, o valor aumentou para R$ 65 milhões, informam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No mesmo período, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu R$ 1,3 milhão em doações de pessoas físicas. Foram R$ 978 mil antes do primeiro turno e R$ 405 mil desde então.
Desde o começo da campanha, o financiamento das campanhas de Lula (PT) e Bolsonaro têm características diferentes: o atual mandatário usa mais verba de doações de pessoas físicas, enquanto o petista recebeu grande montante do partido. O limite de gastos da campanha presidencial, contando o primeiro e o segundo turno, é de R$ 133,4 milhões.
Criado em 2017, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), mais conhecido como Fundo Eleitoral, é a principal fonte de receita para a campanha política do PT, segundo o TSE.
A Lei Orçamentária Anual de 2022, publicada e sancionada em 24 de janeiro, prevê que R$ 4,9 bilhões sejam gastos neste fundo. Este valor é distribuído entre os partidos políticos de acordo com critérios previstos pelo TSE, que beneficia partidos grandes. Quanto mais deputados, mais dinheiro dos nossos impostos o partido ganha.
Neste ano, 15,77% do total do Fundo Eleitoral foi para o União Brasil, o equivalente a R$ 782,5 milhões. O PT detém fatia de 10,15%, pouco mais de R$500 milhões e o MDB 7,2%, que representa R$ 363,2 milhões. O valor recebido por Lula representa cerca de 13% do total enviado ao fundo do PT.