Presidente eleito anunciou que vai retirar ao menos 8.000 oficiais que ocupam cargos no Executivo Federal
As críticas à presença de militares na administração federal fizeram parte do discurso de Lula. A forma de afastar os integrantes da Forças Armadas dos cargos de comissão no governo tem sido discutida no entorno do ex-presidente desde o ano passado.
Desde o início, o presidente Jair Bolsonaro apostou na participação dos militares em sua gestão, e a presença de integrantes das Forças Armadas rapidamente se espalhou por quase toda a estrutura administrativa: em março deste ano, havia 2.673 militares ocupando cargos comissionados em 70 órgãos do governo federal. Esse contingente hoje é responsável por grande parte da burocracia estatal, em áreas que vão além do Ministério da Defesa e incluem de Saúde à Educação, do Meio Ambiente à Economia.
Os militares são contratos pelo governo pela modalidade “tarefa por tempo certo”, que pode durar até dez anos e gera, para os contratados, bônus de 30% sobre os salários.
Há 8.450 militares da reserva fazendo parte do governo atualmente.
Os números não incluem inativos recontratados em cargos de comissão (DAS). Conforme outro levantamento, do portal UOL, o governo Bolsonaro já empregou 254 militares em cargos comissionados.
Em relação aos mais de 8 mil militares da reserva que estão no governo, esse tipo de levantamento não foi feito outras vezes, o que impede a comparação com governos anteriores.