Terrorista que montou explosivo em Brasília disse que queria ‘dar início ao caos’

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George Washington de Oliveira Sousa disse que plano foi feito no QG do Exército com objetivo de chegar ao estado de sítio

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O empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi autuado em flagrante por terrorismo, após confessar ter montado um artefato explosivo que foi instalado em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, no sábado (24).

Em depoimento aos policiais, o homem disse que o atentado foi planejado por integrantes de atos contra o STF, TSE e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente.

Segundo o preso, ele participa dos atos que ocorrem em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. George Washington disse que o a instalação da bomba tinha o objetivo de “dar início ao caos” e que pretendia alcançar a decretação de estado de sítio no país.

A Polícia Civil apura quem são os outros participantes do crime, e diz que já identificou pelo menos um deles. O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que acionou a Polícia Federal para participar da investigação.

Até a última atualização desta reportagem, a defesa do homem não tinha se manifestado.

Depoimento do autuado

Homem preso após montar artefato explosivo próximo ao Aeroporto de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
George Washington sendo preso após montar atentado explosivo próximo ao Aeroporto de Brasília

Aos policiais civis, George Washington de Oliveira Sousa disse que mora em Xinguá, no Pará, e que veio a Brasília em 12 de novembro deste ano, para participar dos atos no quartel-general do Exército. Ele alegou que, em outubro do ano passado, tirou licenças de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e, desde então, gastou R$ 160 mil para comprar pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições.

No apartamento onde o autuado por terrorismo foi encontrado, os policiais encontraram um arsenal. Os documentos do homem, no entanto, estavam irregulares e, por isso, ele também foi autuado por posse e porte ilegal de arma de fogo e de uso restrito.

Ele disse que trouxe o material no próprio carro e que, se fosse parado por policiais, mentiria dizendo que ia participar de um concurso de tiro. George alegou que veio à capital para “aguardar o acionamento” para pegar em armas, e ainda que pretendia distribuir o equipamento a outras pessoas acampadas no QG do Exército.

Material apreendido com bolsonarista suspeito de montar artefato explosivo em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
Material apreendido com bolsonarista preso por atentado

O preso afirmou ainda que participou dos atos de terrorismo cometidos no centro de Brasília no último dia 12, depois da prisãode um índio bolsonarista. George disse que conversou “com os PMs e os bombeiros responsáveis por conter os manifestantes que me disseram que não iriam coibir a destruição e o vandalismo desde que os envolvidos não agredissem os policiais”.

Alegou ainda que “ali ficou claro para mim que a PM e o bombeiro (sic) estavam ao lado do presidente e que em breve seria decretada a intervenção das Forças Armadas”.

Em nota, a PMDF afirmou que “é uma instituição de Estado cuja missão constitucional é a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Qualquer opinião emitida no sentido de indicar que a instituição atue fora dos parâmetros legais com viés político ideológico é uma tentativa leviana de caluniar uma instituição bicentenária que cumpre diuturnamente e com rigor a missão de defesa da sociedade e da paz social”.

Segundo o auto de prisão, o homem disse que “ultrapassados quase um mês, nada aconteceu e então eu resolvi elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das Forças Armadas e a decretação de estado de sítio para impedir instauração do comunismo Brasil”.

O autuado por terrorismo disse que, em 22 de dezembro, “vários manifestantes do acampamento conversaram comigo e sugeriram que explodíssemos uma bomba no estacionamento do Aeroporto de Brasília durante a madrugada e em seguida fizéssemos denúncia anônima sobre a presença de outras duas bombas no interior da área de embarque”.

No dia seguinte, segundo o investigado, uma mulher do grupo sugeriu a instalação de uma bomba na subestação de energia elétrica de Taguatinga, para “dar início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio”.

“Eu fui ao local apontado pela mulher em Taguatinga em uma Ford Ranger branca de um dos manifestantes do acampamento, mas o plano não evoluiu porque ela não apresentou o carro para levar a bomba até a transmissora de energia”, disse no depoimento.

Ainda de acordo com o terrorista, um outro participante do grupo, chamado Alan, se voluntariou para instalar a bomba em postes. George disse que, em 23 de dezembro, recebeu de uma pessoa, que não conhecia, material que faltava para construir o explosivo. E que fez o dispositivo.

“Eu entreguei o artefato ao Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, porque eu não concordei com a ideia de explodi-la no estacionamento do aeroporto. Porém, no dia 23/12/2022 eu soube pela TV que a polícia tinha apreendido a bomba no aeroporto e que o Alan não tinha seguido o plano original”, teria dito.

Apesar da data citada pelo homem no depoimento, a PM só encontrou o material na manhã de sábado (24). Ele disse que, na data, percebeu a movimentação de pessoas estranhas perto do apartamento onde estava hospedado, e que imaginou serem policiais.

George alegou que reuniu as armas para colocar na caminhonete e fugir neste sábado, mas foi preso antes.

Na manhã de domingo (25), a Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão em flagrante do empresário, após audiência de custódia. Com a decisão, ele ficará preso por tempo indeterminado.

Segundo a Lei Antiterrorismo, é enquadrado como terrorismo “usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”. A pena para o crime varia de 12 a 30 anos de reclusão.

Em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Candido, afirmou que o grupo chegou a acionar o dispositivo, mas ele não explodiu.

“A perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento, mas não sei porque, talvez até por ineficiência técnica deles, não conseguiram explodir. Mas a intenção deles era explodir esses outros materiais sim e novamente causar, como eu disse, causar tumulto, né?”

Segundo o delegado, atitudes do tipo não serão toleradas. “[O suspeito] veio justamente para participar das manifestações lá no QG, né, que assim eles intitulam. Ele faz parte desse movimento de apoio ao atual presidente. E eles estão aí nessa missão ideológica, mas que saiu do controle. E as autoridades policiais, principalmente aqui em Brasília, nós iremos tomar todas as providências. Iremos prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito, principalmente com ameaças e, principalmente agora, com bombas.”

Inicialmente, o Ministério da Justiça informou que não comentaria o caso. No entanto, às 15h45, o ministro da Justiça, Anderson Torres, disse em uma rede social que acionou a Polícia Federal para as investigações.

“O Ministério da Justiça oficiou a Polícia Federal para acompanhar a investigação e, no âmbito de sua competência, adotar as medidas necessárias quanto ao artefato encontrado ontem (24) em Brasília. Importante aguardarmos as conclusões oficiais, para as devidas responsabilizações.”

“Reitero o reconhecimento à Polícia Civil do DF, que agiu com eficiência. Mas, ao mesmo tempo, lembro que há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos. As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem. O delegado Andrei, futuro Diretor Geral da PF, tem feito o acompanhamento, em nome da equipe de transição. Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores”, completou o futuro ministro.

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