Diretoria de Crimes Cibernéticos da PF foi ao CNJ após ataque a Moraes
Chefe da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues enviou nesta quinta-feira (5), a diretoria de Crimes Cibernéticos da PF ao Conselho Nacional de Justiça para investigar a invasão ao sistema (CNJ).
O site do CNJ apresentou um mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal(STF) contra ele mesmo.
Os policiais do departamento especializado foram à sede do conselho, em Brasília, e analisaram computadores e o sistema do Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Uma das linhas de investigação analisa uma credencial com acesso ao sistema que foi usada indevidamente para inserir o mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Além da PF, o próprio CNJ investiga o caso.
“Esse é o primeiro caso da diretoria de Crimes Cibernéticos.
Segundo fontes que participam das investigações, três hipóteses são aventadas. Roubo ou clonagem da credencial usada pelo servidor, bem como a possibilidade de má-fé por parte do dono da credencial. O sistema do CNJ é alimentado por tribunais de todo o país.
O documento falso foi inserido no Banco Nacional de Mandados de Prisão nesta quarta-feira (4). O falso mandado de prisão dizia em um trecho:
“DETERMINO, por fim, a extração integral de cópias e sua imediata remessa para o Inquérito n. 4.874/DF e de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”
O CNJ retirou do sistema o falso mandado de prisão e chegou a restringir o acesso ao Banco Nacional de Mandados de Prisão, por suspeita de atuação de hacker.