Número de mortos em terremoto na Turquia e na Síria sobe para mais de 5 mil

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Condições climáticas nas regiões afetadas na Turquia dificultaram o acesso das equipes de resgate, segundo vice-presidente turco Fuat Oktay

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O vice-presidente turco, Fuat Oktay, disse nesta terça-feira (7) que o número de mortos nos terremotos na Turquia aumentou para 3.419. Somados aos mortos na Síria, o terremoto causou a morte de mais de 5.000 pessoas.

Oktay disse que as condições climáticas severas dificultaram o envio de ajuda às regiões afetadas e a realização de resgates. Ainda de acordo com o vice-presidente turco, apenas veículos de resgate e de ajuda estão autorizados a entrar ou sair das três províncias mas afetadas: Hatay, Kahramanmaras e Adiyaman.

Operações de resgate estão se concentrando nessas três províncias e em Malatya.

Esse foi um dos abalos sísmicos mais mortais que ocorreram nas últimas décadas na Turquia, uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas.

Segundo especialistas e centros de pesquisa de atividades sismológicas, os principais pontos que podem explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada são:

  • O fato de que a Turquia fica espremida entre três placas tectônicas que se atritam — a da Eurásia ao norte, a da África-Arábia ao sul, e a Placa da Anatólia.
  • Desta vez, o epicentro do tremor, ou seja, o ponto da superfície onde o terremoto é primeiro sentido, foi perto da cidade de Gaziantep, uma região no centro-sul da Turquia bem perto da fronteira com a Síria e próxima do encontro dessas placas.
  • Segundo o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências, esse epicentro foi a 10 quilômetros da superfície, uma profundidade considerada baixa, muito próxima ao solo. O tremor de 1939, por exemplo, aconteceu a uma profundidade equivalente, cerca de 20 quilômetros.
  • Outro fator importante foi a força do abalo sísmico. Ao jornal “The New York Times”, Januka Attanayake, sismólogo da Universidade de Melbourne, na Austrália, disse que a energia liberada pelo tremor desta segunda foi equivalente a 32 petajoules, uma quantidade suficiente para abastecer a cidade de Nova York por mais de quatro dias.
  • Além de toda essa enorme quantidade de energia liberada inicialmente, de acordo com o USGS, o terremoto desta segunda foi seguido, 11 minutos depois, por um tremor secundário de magnitude 6,7 e, horas mais tarde, por um de magnitude 7,5, que provocaram maiores destruições.
  • Fora isso, houve mais de 40 réplicas — tremores menores que sucederam o principal.
  • Por causa das mudanças na crosta terrestre, grandes terremotos são frequentemente seguidos por esses tremores secundários. O de 1939, por exemplo, também produziu tremores do tipo. Contudo, com o passar do tempo e a consequente recuperação das falhas, esses eventos se tornam cada vez mais raros.
  • Apesar disso, ainda de acordo com o USGS, terremotos mais rasos, como esse da Turquia, são muito mais prováveis ​​de serem seguidos por tremores secundários do que terremotos mais profundos, com epicentros maiores que 30 km de profundidade.
Luta contra o tempo e o frio no resgate às vítimas

Ainda de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, desde 1970, apenas três terremotos de magnitude 6 ou mais ocorreram nas proximidades do tremor desta segunda. Um dos maiores, de magnitude 6,7, ocorreu em 24 de janeiro de 2020.

E todos esses terremotos anteriores ocorreram ao longo ou nas proximidades da falha da Anatólia Oriental.

O Círculo de Fogo do Pacífico (uma região longe desse tremor de segunda) é a área com mais terremotos no mundo. Mas, historicamente, o sul da Turquia e o norte da Síria sofreram terremotos significativos e prejudiciais no passado.

Aleppo, na Síria, por exemplo, foi devastada várias vezes por grandes terremotos:

  • Segundo o USGS, um terremoto de magnitude 7,1 atingiu a cidade em 1138, e um terremoto de magnitude 7,0 ocorreu em 1822. As estimativas de fatalidade do terremoto de 1822 chegam a 60 mil.

Já na Turquia, além do terremoto de 1939, outros eventos significativos aconteceram mais recentemente, como:

  • Um tremor de magnitude 6,7 em 2020 que atingiu o Mar Egeu e causou grande destruição na cidade costeira de Izmir, deixando 12 pessoas mortas e mais de 600 feridas;
  • Um tremor de magnitude 7,2 em 2011 que atingiu a província oriental de Van, localizada próximo ao Iraque, deixando 264 mortos e 1.300 feridos;
  • Um tremor de magnitude 6 em 2010 que atingiu o leste da Turquia, deixando 51 pessoas mortas;
  • Um tremor de magnitude 7,4 em 1999 que atingiu Istambul e o noroeste da Turquia, deixando mais de 17 mil mortos e 30 mil feridos.
Abalos recordes atingiram Turquia e Síria na segunda-feira

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