Ex-presidente ficará com aguarda, mas não poderá usar nem vender presente da Arábia Saudita
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, relator do caso das joias sauditas, determinou nesta quinta-feira (9) que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro fique com a guarda das joias “até ulterior deliberação” da corte.
O estojo que está com Bolsonaro é composto por um relógio, uma caneta, duas abotoaduras, um anel e um rosário da marca de joalheria de luxo Chopard.
O ex-presidente não poderá usar as peças de qualquer forma nem vendê-las, até que o TCU decida sobre o que deve ser feito com as peças.
O estojo que já está na posse de Bolsonaro não é o conjunto de joias avaliado em R$ 16 milhões que foi apreendido pela Receita Federal no aeroporto de São Paulo.
Ambos os presentes sauditas chegaram ao Brasil em outubro de 2021, trazidos pela comitiva do Ministério de Minas e Energia que voltava da Arábia. Liderada pelo então ministro das Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, a comitiva não declarou o primeiro conjunto de jóias, este feminino, na alfândega do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Os itens foram apreendidos em outubro daquele ano na bagagem do militar Marcos André dos Santos Soeiro, assessor na época do então ministro de Minas e Energia. O material ficou retido pelo Fisco no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Albuquerque e sua comitiva retornavam do país árabe onde participaram de evento de lançamento de projetos de investimentos verdes.