Casa Civil apaga fotos de Ciro Nogueira recebendo pastor “de ouro” do MEC, no Palácio do Planalto

Os registros do Gabinete de Segurança Institucional mostram que o pastor denunciado por pedir ouro em esquema do MEC esteve 35 vezes em gabinetes do Planalto.

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Arilton Moura visitou gabinetes de Mourão, ministros e do responsável pela agenda de Jair Bolsonaro. Gilmar dos Santos, o outro pastor envolvido no escândalo esteve 10 vezes na sede do governo.

A Casa Civil apagou fotos que estavam na conta do Flickr da pasta de uma reunião do ministro Ciro Nogueira com o pastor Arilton Moura.

O encontro registrado pela foto apagada ocorreu no dia 21 de setembro do ano passado.

O endereço do Governo em que as fotos estavam hospedadas figurava como indisponível ao ser acessado nesta quinta-feira (14). “Parece que a foto ou o vídeo que você está procurando não existe mais”, diz a mensagem no site. A agenda oficial do ministro também não faz menção a nenhum encontro de Nogueira com o religioso.

As imagens ainda estão disponíveis no perfil do Instagram do deputado Vicentinho Júnior (PP-TO), que também participou da reunião.

Pastor Arilton, Ciro Nogueira e Vicentinho Junior reunidos no Palácio do Planalto

Na ocasião, o parlamentar postou a seguinte legenda com as imagens: “Mais uma vez estive com o ministro Ciro Nogueira para tratar sobre as demandas dos municípios tocantinenses. Agradeço imensamente ao ministro pela paciência e presteza que sempre nos atende. Agradeço mais ainda pela sensibilidade em atender nossos pedidos que beneficiam as pessoas do Tocantins”.

Nesta quinta-feira, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República divulgou uma lista com registros de acessos do pastor Arilton Moura a gabinetes do Palácio do Planalto. A relação aponta que, no dia 21 de setembro de 2021, o pastor Arilton esteve na Casa Civil.

Arilton e o pastor Gilmar dos Santos estão no centro da corrupção investigada no Ministério da Educação. Em um áudio, o ex-ministro Milton Ribeiro diz, durante reunião com prefeitos, que repassava verba da pasta para municípios apontados pelos dois “religiosos” a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Ribeiro foi demitido após as denúncias de irregularidades no MEC serem publicadas pela imprensa.

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