O deputado federal Alexandre Padilha do PT e o diretório municipal do partido dele em São Paulo ajuizaram ação na Justiça Eleitoral solicitando o cancelamento da transferência de domicílio eleitoral de Sergio Moro para São Paulo.
No pedido, os petistas alegam que o ex-juiz, hoje filiado ao União Brasil, não possui vínculo profissional na capital paulista e apresentou o endereço de um hotel para comprovar vínculo residencial.
O PT sustenta que Moro foi indicado a vice-presidente de um órgão de direção partidária do estado do Paraná dois meses antes de requerer a transferência para São Paulo.
A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo encaminhou ao Ministério Público Eleitoral do estado uma notícia-crime contra o ex-juiz e sua mulher, Rosângela Moro, por suposto crime eleitoral na transferência de seus domicílios eleitorais para São Paulo.
Desde março, Moro passou a morar com sua mulher em um flat na zona sul paulistana, endereço que incluiu no cadastro junto à Justiça Eleitoral e onde diz ter um contrato de locação.
Para fazer a troca de domicílio eleitoral, a lei exige residência de ao menos três meses no novo local, mas uma jurisprudência do TSE abre a possibilidade de mudança desde que haja “vínculos políticos, econômicos, sociais ou familiares”.
Moro e Rosângela, por sua vez, já entraram com queixa-crime contra a socialite Roberta Luchsinger, ex-mulher de Protógenes Queiroz, por acusá-los de fraude na mudança de domicílio eleitoral de Curitiba para São Paulo.