O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, afirmou em entrevista no Palácio do Planalto na noite desta sexta (24), que Milton Ribeiro usou o nome do presidente Jair Bolsonaro “sem consentimento”.
O ex-ministro da Educação disse em telefonema grampeado pela Polícia Federal, ter recebido uma mensagem do presidente que estaria suspeitando que haveria busca e apreensão na casa de Milton Ribeiro. A Operação Acesso Pago foi mencionada (“ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa”) disse Ribeiro em conversa telefônica com a filha.
“Ele usou o nome do presidente sem conhecimento, sem autorização. Cada um se explique pelo que fala”, declarou Wassef. “Compete ao ex-ministro explicar por que ele usa o nome do presidente de forma indevida”, acrescentou o advogado.
Além disso, Wassef assegurou nesta sexta-feira (24) que o presidente e o ex-ministro da educação não têm contato.
“Não existe nada entre o presidente e o ex-ministro. Eles não têm contato. Eles não se falam. O presidente cuida do Brasil. Ele não é advogado e nada tem a ver com o ex-ministro e investigações contra o seu ex-ministro”, disse Wassef.
Ao ser questionado se Bolsonaro teve acesso privilegiado à investigação da PF, Wassef negou e afirmou que estão dando “uso político à máquina pública”.
“É uma acusação fake, falsa, criminosa, infundada que o presidente Bolsonaro interferiu na Polícia Federal. Se ele tivesse o poder ou se ele tivesse interferido, os senhores acham que o ministro teria sido preso?”, disse.
O grampo motivou a remessa do inquérito da operação, que investiga o “gabinete paralelo” de pastores no MEC, ao STF. Ribeiro, assim como os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, foi preso na quarta-feira (22); os três foram libertados depois por ordem do desembargador Ney Bello, do TRF-1.
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