Emissora de TV e Rádio vê crime do ministro do STF e veicula grave editorial
O grupo Bandeirantes divulgou um duro editorial nesta 3ª feira (30) com fortes acusações de crimes ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. O texto foi lido no Jornal da Band pelo âncora Eduardo Oinegue.
A emissora compara Moraes a um “justiceiro” pelo fato de ter autorizado uma operação da Polícia Federal (PF) contra 8 empresários por trocarem mensagens nas quais falam que um “golpe” seria melhor do que um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a Band, o Brasil está “chocado” com a ação policial e a justificativa dada não convence.
“…Alexandre de Moraes desempenha nesse episódio, mais o papel de mandante fora da lei e da Constituição do que de ministro…”
A Band também relaciona a decisão ao modus operandi da operação Lava Jato: “Estamos diante de mais um desatino do nosso judiciário, como tem acontecido desde a Lava Jato. Sem provas claras e contundentes, Alexandre de Moraes desempenha nesse episódio mais o papel de mandante fora da lei e da Constituição do que de ministro que deveria zelar por essa mesma lei, por essa mesma Constituição..”, disse o apresentador em nome do grupo Band.
Leia a íntegra do editorial:
“O Brasil, ainda chocado com a ação da Polícia Federal na casa e no escritório de 8 empresários, esperava que o ministro Alexandre de Moraes apresentasse a justificativa para ter autorizado essa operação. E de fato acaba de ser retirado o sigilo das investigações. Isso no 7º dia depois da ação policial. Mas o que apareceu não convence. “E a pergunta continua: onde estão as provas? Porque troca de mensagens, apenas opiniões sem ação, ainda que sejam contra a democracia ou mesmo em defesa de golpe, ideia que combatemos e abominamos, não configuram crimes. Estão longe de fundamentar aquela operação policial. “Vão crescendo sinais de que estamos diante de mais um desatino do nosso judiciário, como tem acontecido desde a Lava Jato. Sem provas claras e contundentes, Alexandre de Moraes desempenha nesse episódio mais o papel de mandante fora da lei e da Constituição do que de ministro que deveria zelar por essa mesma lei, por essa mesma Constituição. “Pelo respeito que temos à instituição do Supremo Tribunal Federal, queremos acreditar que ainda possam existir evidências convincentes, mas a expectativa se reduz. O tempo passa e a cobrança vai ficando mais intensa e a indignação também. “Ou será que esse material não existe mesmo e o país vai ter que conviver com um ministro do Supremo que virou de fato mandante de operações ilegais? Um ministro justiceiro. “Essa é a opinião do grupo Bandeirantes de Comunicação”.
Assista ao vídeo do editorial da Band: