Presidente Jair Bolsonaro ultrapassou o ex-presidente Lula na disputa pelos votos dos eleitores do Distrito Federal
Pesquisa Correio/Opinião divulgada hoje (5) pelo jornal Correio Braziliense mostra que, na consulta estimulada, Bolsonaro está com 41,4% das intenções de votos. Lula tem 29,8%.
Na rodada anterior, divulgada em 23 de agosto, os dois principais rivais da eleição presidencial estavam tecnicamente empatados. Lula tinha 39% e Bolsonaro, 36,7%. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
O candidato Ciro Gomes (PDT) aparece com 9,2%. Na rodada anterior, o pedetista tinha 7,2%. A senadora Simone Tebet (MDB), também cresceu. Ela aparece agora com 4,8%. Tinha 3,1%. A pesquisa Correio/Opinião foi a campo entre primeiro e 3 de setembro.
Os demais candidatos continuam com menos de 1%. Soraya Thronicke (União) tem 0,6%; Pablo Marçal (Pros) tem 0,6%, Felipe D’Ávila (Novo), 0,5%; Vera Lúcia (PSTU) obteve 0,3%; Léo Pericles (UP), 0,3%; Sofia Manzano (PCB), 0,2%; e José Maria Eymael (DC) não pontuou. Outros 2,6% não souberam avaliar e 9% vão votar em branco ou nulo.
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) teve 0,6% das intenções de votos. Mas a candidatura dele à Presidência da República foi vetada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o partido formalizou o pedido de registro do Padre Kelmon como concorrente em substituição. Ele já era o vice na chapa.
O cenário registrado na consulta estimulada praticamente se repete na sondagem espontânea. Entre os eleitores do Distrito Federal, Bolsonaro tem 42%. Lula registra 27,5%. O presidente cresceu. Ele tinha 36,3% na rodada anterior que foi a campo entre 18 e 20 de agosto. Lula que aparecia com 36,6% teve uma queda de 9 pontos percentuais.
Ciro Gomes está com 7% e mais que dobrou dos 3,1% verificados na última pesquisa. Simone Tebet tinha 2,2% e agora está com 2,7%.
Na simpatia do eleitor, o presidente Jair Bolsonaro é o que aparece melhor. Ele tem a rejeição de 44,4%, atrás de todos os demais candidatos. Lula tem 56,6% de rejeição no DF. Só perde para Roberto Jefferson, com 57%, e Pablo Marçal, com 56,9%.
Ciro Gomes é o segundo com a menor rejeição: 44,5%. Simone Tebet aparece em terceiro com 46,8%. Em seguida, vem Soraya Thronicke (54,6%), Vera Lúcia (55%), Sofia Manzano (55,8%), Felipe D’Ávila (56,2%), Eymael (56,2%) e Léo Péricles (56,3%).
Segundo turno
Na disputa de segundo turno, Lula perde em todos os cenários. Na rodada anterior, era o contrário. A pesquisa Correio/Opinião indica que o petista agora teria 38,7% no confronto com Bolsonaro, que ficaria com 49,3%. No embate com Ciro Gomes, Lula perderia com 31,5% dos votos, contra 45,3% do pedetista. Simone Tebet alcançaria 37,7% e derrotaria o petista, com 36,6%.
Bolsonaro sairia vencedor de todos os embates. Em segundo turno com Ciro Gomes, teria 47% contra 39,5% do candidato do PDT. Com Simone Tebet, o presidente ficaria com 48,2%. A candidata do MDB teria 37,2%.
Avaliação do governo
Pesquisa Correio/Opinião indicou que 49,9% desaprovam o governo Bolsonaro e 46,5% aprovam. Para 38,3%, a gestão é ruim ou péssima e 37,2% consideram ótima ou boa. Outros 23,7% avaliam como regular.
A pesquisa fez ainda a seguinte pergunta: o o presidente Jair Bolsonaro merece ser reeleito? A maioria disse que não. A resposta foi negativa para 51,3% dos entrevistados. Para 46,9%, Bolsonaro merece um novo mandato e 1,8% não souberam avaliar.
66% não aprovam apoio de Lula a Grass
A influência da rejeição do ex-presidente Lula na disputa ao Governo do Distrito Federal é maior que a do ex-presidente Jair Bolsonaro. É o que mostra a pesquisa Correio/Opinião.
Na abordagem sobre a relação do candidato Leandro Grass (PV) com Lula, 66,2% disseram que não votariam no candidato da federação PT-PV-PCdoB pela proximidade entre os dois. Entre os entrevistados, 16,1% disseram que, ao saber que Grass é o candidato do petista, lhe daria o voto. Outros 14,8% afirmaram que poderiam votar. Essa parcela do eleitorado simpática à vinculação entre os dois atinge 30,9%.
A associação de Grass com o petista é atestada na pesquisa. Entre os eleitores do deputado distrital, 82,8% disseram que votam em Grass pelo apoio de Lula e 14,8% revelaram que poderiam votar por conta desse motivo. Essa vinculação atinge 97,7% do eleitorado de Leandro Grass.
No caso de Ibaneis Rocha (MDB), a relação também influencia. Entre os eleitores do governador, 77,2% aprovam a vinculação: 57,7% disseram que com certeza votam em Ibaneis pela proximidade com Bolsonaro. Outros 19,5% afirmaram que poderiam votar por esse motivo.
Entre o eleitorado total, 46,5% manifestaram contrariedade pela aliança entre Ibaneis e Bolsonaro e não aprovam a reeleição por esse motivo. Outros 52,3% responderam que votam ou poderiam votar no atual governador pelo apoio do presidente à sua candidatura. Desses, 33,8% disseram que votariam com certeza.
Nota técnica
Pesquisa registrada no TSE sob o número DF-09523/2022, encomendada pelo Correio Braziliense. Correio/Opinião foi a campo entre 1 e 3 de setembro, com 1.105 entrevistas presenciais. A margem de erro estimada é de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.