Segredo da vida eterna para os humanos pode estar mais próximo de ser descoberto
Uma pesquisa conduzida por um grupo de cientistas espanhóis aponta que o segredo da vida eterna para os humanos pode estar mais próximo de ser descoberto, partindo da evolução das águas-vivas.
Uma equipe do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade de Oviedo, na Espanha, estuda uma das únicas criaturas do planeta que chega perto da imortalidade, a Turritopsis dohrnii, conhecida como medusa imortal.
Este ser tem a capacidade de mudar da vida adulta de volta para os estágios larvais, com facilidade. Embora não seja impossível de matar este tipo de água-viva — seja por doenças ou por ação de algum predador —, ele mantém a capacidade de reverter o envelhecimento e viver pelo tempo que conseguir.
Publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo se aprofunda em saber como os genes funcionam para garantir o rejuvenescimento.
Segundo o jornal inglês Daily Star, os cientistas capturaram uma medusa imortal e a compararam com outra água-viva de espécie semelhante.
Eles sequenciaram os genomas e conseguiram isolar a parte exata do DNA que a água-viva especial usa para se transformar em uma versão muito jovem de si mesma.
“Turritopsis dohrnii é o único metazoário capaz de rejuvenescer repetidamente após a reprodução de suas medusas, sugerindo imortalidade biológica e desafiando nossa compreensão do envelhecimento”, disse o relatório da pesquisa.
Os cientistas explicaram que foram identificadas variantes e expansões de genes associados à replicação, além de regeneração de DNA, manutenção de telômeros, população de células-tronco e comunicação intercelular.
Com esses esforços, os biólogos encontraram parte do DNA da criatura que é essencial para o processo de envelhecimento e descobriram quais partes do corpo da água-viva são afetadas por ele. Os pesquisadores continuam investigando a fundo os potenciais desta estrutura celular, para saberem se ele é aplicável em outras espécies e situações.
Eles também conseguiram encontrar partes do DNA semelhantes às dos humanos, o que significa a possibilidade de esse componente ser usado para reverter o envelhecimento em pessoas ou ajudar a sarar doenças com cura ainda desconhecida.