Ministro do STF deu 48 horas para que informações sejam prestadas também pela Polícia Rodoviária Federal
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e também as Polícias Civil e Militar de todos os Estados e do Distrito Federal enviarem informações sobre a identificação de líderes, organizadores e financiadores dos atos antidemocráticos nas frentes dos quartéis das Forças Armadas.
O ministro deu prazo de 48 horas para receber as informações. Moraes também cobrou os dados de identificação dos respectivos proprietários dos veículos envolvidos nos bloqueios de estradas e nas manifestações nos quarteis, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
As manifestações pedem intervenção federal militar contra a libertação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a anulação de suas condenações por ministros do STF, os posicionamentos do TSE durante campanha presidencial.
“Determino, ainda, informem se identificaram líderes, organizadores e/ou financiadores dos referidos atos antidemocráticos, com a remessa dos dados e providências realizadas. Fixo o prazo em 48 (quarenta e oito horas)”, disse Moraes.
Atos intervencionistas
Desde a declaração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no dia 30 de outubro, diversas manifestações populares em estradas e quartéis do país defendem “intervenção federal” ou “intervenção militar”.
Em Brasília, há concentração de pessoas em frente ao quartel-general do Exército, com mais de mil caminhões posicionados em uma área militar da capital federal.
No Rio de Janeiro, a concentração é em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro da cidade.
Em São Paulo, o ato permanece em frente ao Comando Militar do Sudeste, na região do Parque do Ibirapuera, zona sul da capital paulista.
Os bloqueios nas rodovias persistem em pontos isolados apesar do cansaço e de perderam força ao longo da semana. Nesta segunda-feira (7), o último balanço da PRF apontou quatro pontos de rodovias totalmente interditadas: Bom Jesus do Araguaia, Campos de Júlio e Sapezal (MT) e em Rio do Sul (SC) — neste último trecho, manifestantes entraram em confronto com agentes da PRF.