Mandados de prisão e de busca e apreensão foram autorizados pelo STF, com alvos em Rio, Minas, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e DF. Alvos incluem Leo Índio e ‘Fátima de Tubarão’
nesta sexta-feira (27) para cumprir a terceira fase da operação Lesa Pátria – relacionada aos envolvidos nos atos golpistas do último dia 8.
Segundo material divulgado, serão cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF.
- Distrito Federal: 2 mandados de prisão, 4 de busca e apreensão
- Espírito Santo: 4 mandados de prisão, 8 de busca e apreensão
- Minas Gerais: 2 mandados de prisão, 4 de busca e apreensão
- Paraná: 1 mandado de prisão, 1 de busca e apreensão
- Rio de Janeiro: 1 mandado de prisão, 9 de busca e apreensão
- Santa Catarina: 1 mandado de prisão, 1 de busca e apreensão
A TV Globo apurou que um dos mandados de busca e apreensão tem como alvo Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Até as 8h40, seis dos 11 mandados de prisão já tinham sido cumpridos. Os presos vão ficar detidos nos estados, e devem prestar depoimento ainda nesta sexta.
Ainda de acordo com a PF, os fatos investigados “constituem, em tese, os crimes de”:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- associação criminosa;
- incitação ao crime;
- destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Em Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza. Ela foi flagrada em vídeos depredando os prédios públicos e, antes, já tinha sido presa por tráfico. Veja abaixo:
Em Minas Gerais, foram presos Eduardo Antunes Barcelos, da cidade de Cataguases, e Marcelo Eberle Motta, de Juiz de Fora – veja quem são os suspeitos.
No Paraná, foi preso o empresário Claudio Mazzia.
No Distrito Federal, foi preso o policial federal aposentado José Fernando Honorato de Azevedo. Nas eleições de 2018, ele concorreu a uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo PRP.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou os números da operação em uma rede social.
“Hoje estão sendo cumpridos, pela Polícia Federal, mais 11 mandados de prisões preventivas e 27 de busca e apreensão contra golpistas e terroristas. A autoridade da lei é maior do que os extremistas”, escreveu.
No dia 8 de janeiro, um grupo de bolsonaristas radicais invadiu e depredou os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Atos terroristas no STF: Golpistas entram no plenário do STF e roubam togas
Desde então, houve vários desdobramentos, como:
A primeira fase da operação Lesa Pátria foi deflagrada no último dia 20, com oito mandados de prisão e 16 buscas e apreensões. Um dos alvos no Rio fugiu pela janela e, até a última atualização, seguia foragido.
PF deflagra operação para identificar participantes e financiadores dos ataques de 8 de janeiro.
Na segunda fase, a Polícia Federal em Goiás prendeu Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos – filmado ao derrubar e destruir o relógio do século 17 feito pelo francês Balthazar Martinot, no Palácio do Planalto.
Nesta quinta, a Polícia Federal também informou que a operação Lesa Pátria se torna permanente. Novas fases devem ser deflagradas conforme as investigações avancem.
A PF informou que, com isso, haverá “atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”.
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