lula e alexandre de Moraes
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Moraes vota para ampliar para 800 réus do dia 8 de janeiro

Começou julgamento de quarto bloco com 250 pessoas acusadas de atos golpistas durante manifestação contra o STF e o presidente Lula

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (9) para tornar réus mais 250 denunciados por supostamente terem participação em atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na depredação dos prédios do STF e do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

O plenário da Corte começou, nos primeiros minutos desta terça, o julgamento do quarto conjunto de denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra acusados de envolvimento nos atos antidemocráticos.

A análise dos casos ocorre no plenário virtual do tribunal, formato de deliberação em que os ministros depositam seus votos em uma página do STF na internet, sem a necessidade de uma sessão presencial ou por videoconferência. A deliberação termina no dia 15 de maio.

Os ministros avaliam caso a caso, ou seja, a situação dos acusados é analisada de forma individual. Se as denúncias forem recebidas, os acusados passam a responder a uma ação penal na Corte, em que poderão apresentar defesas e provas no curso do processo.

Desde abril, o Supremo iniciou uma série de julgamentos sobre os pedidos de abertura de ação penal feitos pelo Ministério Público.

Até o momento, já foram concluídas as deliberações de três blocos de julgamentos:

  • o primeiro, de 18 a 24 de abril, quando a Corte decidiu que 100 denunciados passariam a responder a ações penais;
  • o segundo, de 25 de abril a 2 de maio, quando mais 200 denunciados se transformaram em réus;
  • o terceiro, de 3 a 8 de maio, quando foram analisadas as situações de 250 denunciados.

O julgamento do quarto bloco de denúncias, que começou nesta terça, está previsto para encerrar às 23h59 no dia 15 de maio.

Quarto bloco de denúncias

Nesta nova etapa, os ministros julgam:

  • 225 denúncias contra incitadores e autores dos atos golpistas;
  • 25 denúncias contra executores do vandalismo.

Os denunciados são acusados dos crimes de:

  • associação criminosa armada;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
  • deterioração de patrimônio tombado.

Réus

O Supremo já tornou réus 550 pessoas acusadas de envolvimento nos atos antidemocráticos em três julgamentos anteriores, iniciados a partir do fim de abril. Contra estas decisões, cabe recurso. Na sequência, serão abertas ações penais, com nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além de interrogatórios dos réus. Não há prazo para a conclusão dos julgamentos.

Desde o ataque, a PGR já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos. Durante a invasão, foram depredadas as sedes dos Três Poderes. Naquele dia, vândalos quebraram vidraças e móveis, quebraram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas. O prejuízo é calculado em R$ 26,2 milhões.

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