Ministério da Educação notificou entidade para esclarecer quais punições seriam determinadas aos acadêmicos do curso de Medicina
A Universidade de Santo Amaro (Unisa) identificou e expulsou seis alunos do curso de Medicina, nesta segunda-feira (18) que participaram do ato obsceno coletivo durante uma partida de vôlei feminino num campeonato universitário, em São Carlos, no interior de São Paulo. Os nomes dos alunos não foram divulgados.
Na tarde de hoje, o ministro da Educação, Camilo Santana, notificou a Universidade de Santo Amaro Unisa para que esclareça quais providências foram tomadas em relação aos alunos do curso de Medicina que participaram do episódio. Conforme o ofício da Diretoria de Supervisão da Educação Superior do MEC encaminhado, o órgão determina um prazo de 15 dias para que a Unisa explique a respeito das apurações e quais as punições previstas aos alunos envolvidos.
“Determinei que o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), notificasse a Universidade de Santo Amaro (Unisa) para apurar quais as providências tomadas pela instituição em relação ao episódio que envolveu estudantes do curso de medicina durante partida de vôlei feminino que fazia parte das competições da Intermed, sob pena de abertura de procedimento de supervisão e adoção de medidas disciplinares. Repudio veementemente o ocorrido. É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade“,escreveu Santana em suas redes socais.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Unisa e a Secretaria Municipal de Esportes de São Carlos, onde ocorreu o evento, serão chamadas a prestar esclarecimentos sobre o absurdo promovido pelos alunos de Medicina.
A investigação preliminar mostra que os estudantes do time de futsal masculino da universidade invadiram a quadra e passaram a desfilar nus logo após o time para o qual torciam vencer uma partida de vôlei feminino contra outra instituição. O artigo 233 do Código Penal proíbe praticar “ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”. A pena prevista é de até um ano de reclusão ou multa.