8/1: Moraes pede prisão de inocente, mas informação falsa é desmontada e julgamento tem de ser anulado

Ministro do STF queria deixar por 17 anos na prisão, homem que nunca esteve em QG do Exército em Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes foi obrigado a anular o julgamento e votação do caso de um réu pelos ataques do 8 de janeiro que estava sendo julgado no plenário virtual do STF.

Moraes votou pela condenação e prisão de 17 anos para Eduardo Zeferino Englert, de 42 anos,  acusado de ser um dos integrantes do acampamento do Quartel-General do Exército em Brasília.

Moraes deu uma informação falsa em seu voto  ao afirmar  que estava “comprovada” a participação do réu nas “caravanas que estavam no acampamento do QG do Exército naquele fim de semana”.

A tese falsa do STF foi desmentida pelo advogado do réu que apresentou provas com laudo pericial de que Eduardo Zeferino Englert jamais esteve no QG em Brasília.

O advogado Marcos Vinicius Rodrigues de Azevedo, afirmou que o acusado chegou em  Brasilia no início da tarde de 8/1; logo, não poderia estar no acampamento do QG do Exército nos dias anteriores.

“O laudo pericial (…) confirma o que foi relatado pelo réu em audiência, de modo a ratificar a saída do réu de Santa Maria, RS em 6/1/2023 e a chegada em Brasília em 8/1/2023, às 13h45min, no CTG [Centro de Tradições Gaúchas] Jayme Caetano Braun, onde ficou por uma hora, sem qualquer passagem pelo Quartel General do Exército”, afirma a petição da defesa.

Ao ver a informação falsa ser desmontada publicamente, Moraes se viu obrigado a pedir destaque do processo e anulou as votações que já haviam sido feitas.

Haviam dois votos a favor de condenar Englert pelos ataques do 8/1. E o julgamento virtual, que deveria ser concluído nesta terça (7), teve que voltar a estaca zero e foi transferido para o dia 17 de novembro, no plenário físico do STF.

 

 

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