Primeira Dama também disse que Santa Catarina é estado crítico e dane-se quem a critica por estar em todas as viagens internacionais de Lula
A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, incitou os petistas a substituirem o termo bolsonaristas pela agressão criminosa fascistas, ao se referir ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a “Conferência Eleitoral do PT para 2024” em Brasília neste sábado (9), a primeira-dama incitou os petistas de todo Brasil, presentes e via TV PT ao vivo, a praticarem o crime de injúria e ódio.
Ao aconselhar os petistas, janja disse que era preciso “Começar a chamar as pessoas de fascistas, é isso que elas são. Virar essa chave, começar a usar o termo fascista…. É o fascismo que mata, que nos anula, que quer nos anular. Deixar esse cara no lugar que lhe é de direito, que é nada, a lata do lixo”, afirmou Janja.
O encontro deste sábadoreúniu pré-candidatos do PT às eleições municipais no próximo ano. Janja participou do painel em defesa das candidatas mulheres, ao lado da ministra Cida Gonçalves (Mulheres) e da deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
Em sua fala, Janja também atacou um dos estados da região su. Disse que Santa Catarina é um Estado crítico por ter muitos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “”Isso assusta muito as mulheres. O que eu vou lá fazer no interior de Santa Catarina, que é um Estado crítico, onde o bolsonarismo é maioria. Não se pode negar isso,” disse a primeira-dama.
Janja também fez um sinal de cadeia com as mãos, em referência a uma eventual prisão de Bolsonaro.
Janja da Silva rebateu as críticas recebidas por ter participado de eventos no G20 ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu estava em uma reunião no G20 e todo mundo fica falando: ‘O que ela fica fazendo lá com o presidente? Nem foi eleita’. Dane-se, eu vou sempre estar lá. Ninguém me deu esse lugar. Eu conquistei”, disse Janja.
A primeira-dama defendeu não usar mais o termo bolsonarismo. “O inominável está inelegível, e se tudo der certo, logo ele vai estar…”, disse ela, sem completar a frase, mas fazendo o símbolo de cadeia com os dedos em formato de xadrez.
Há apenas dois dias, o ator e também militante petista, José de Abreu, foi condenado a indenizar outro ator, Carlos Vereza, em R$ 35 mil por chamá-lo de “fascista”, “sem caráter” e “esclerosado” durante uma discussão nas redes sociais. A decisão foi proferida pela juíza Flávia Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
A discussão aconteceu em janeiro de 2020, depois que Vereza saiu em defesa da então secretária Especial de Cultura, Regina Duarte.
“Meu caro colega Carlos Vereza. Achei muito bonito seu apelo para que eu respeite Regina Duarte, mas infelizmente eu não respeito nem fascistas nem quem os apoia, como você e ela. Achei bonita sua hipocrisia, sua falta de caráter e memória, digna de um esclerosado que costuma falar”, escreveu José de Abreu ao responder Vereza na rede social X, antigo Twitter.
Levado à Justiça por Vereza, José de Abreu alegou ter usado de “liberdade de expressão” e disse que suas manifestações seriam “cobranças democráticas”.
A juíza usou o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre liberdade de expressão e discurso de ódio para balizar sua decisão contra o ator.
“O Supremo Tribunal Federal, na AP 1044/DF, julgada em 20/04/2022, no Informativo 1051/2022, decidiu que ‘a liberdade de expressão existe para a manifestação de opiniões contrárias, jocosas, satíricas e até mesmo errôneas, mas não para opiniões criminosas, discurso de ódio ou atentados contra o Estado Democrático de Direito’. A crítica feita pelo demandado ultrapassa as balizas da mera crítica e mesmo da ironia. São ofensivas e representam verdadeiro discurso de ódio, gerado pela simples manifestação política do demandante que seria contrária à do demandado”, diz um trecho da decisão que condenou José de Abreu.