Toffoli anula investigações da Lava Jato contra Beto Richa baseado em mensagens que falsificador que diz ter roubado ao invadir aplicativos de autordades

Operações Rádio Patrulha, Piloto, Integração e Quadro Negro perdem a validade com decisão do ministro do STF

O ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou nesta quarta-feira (20), todos os atos de investigações contra o ex-governador do Paraná, deputado federal Beto Richa (PSDB-PR), na Lava Jato.

A decisão incluiu as operações Rádio Patrulha, Piloto, Integração e Quadro Negro.

Toffoli usou mensagens que teriam supostamente sido hackeadas pelo falsificador Walter Delgatti e foram apreendidas na Operação Spoofing, da Polícia Federal,.

Toffoli considerou as mensagens em poder do falsificador para afirmar que é “incontestável o quadro de conluio processual” contra o ex-governador.

Para o ministro do STF, os diálogos evidenciaram uma “atuação coordenada entre a força tarefa e o ex-juiz Sergio Moro, na tentativa de incriminar o requerente mesmo antes de haver denúncias formuladas contra ele no âmbito das Operações Integração e Piloto”.

O mesmo expediente foi usado pelo STF para anular todas as condenações e investigações em curso contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Beto Richa foi preso preventivamente três vezes, antes dessa anulação das provas do acordo de leniência da Odebrecht

Em setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu anular todas as provas obtidas no acordo de leniência firmado pela Odebrecht. A decisão se estende a todas as pessoas condenadas a partir dos elementos obtidos no acordo feito entre a Lava Jato e a empreiteira.

Em agosto, Toffoli já havia beneficiado o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, também com os mesmos argumentos.

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