Campeão da Fórmula Indy tinha 56 anos e conquistou campeonatos internacionais como o da Fórmula 3 Inglesa e IndyCar Ser
O piloto Gil de Ferran morreu na tarde desta sexta-feira (29) aos 56 anos, ao sofrer uma parada cardíaca enquanto dirigia na Flórida, nos EUA. Vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 2003, ele também conquistou a Fórmula 3 Inglesa e foi bicampeão da CART (atual IndyCar Series).
Gil de Ferran estava testando um carro no circuito privado The Concours Club, em Opa-Locka, na Flórida, nos EUA, quando se sentiu mal e parou na entrada dos boxes. Foi levado para o hospital, mas não resistiu. Gil deixa a esposa, Angela, e os filhos Anna e Luke.
Gil de Ferran nasceu em Paris, França, mas se considerava brasileiro. Filho de Luc de Ferran, engenheiro da Ford que criou o Ecosport, Gil foi morar no Brasil aos quatro anos e levou o nome do país para o alto do pódio.
Como tantos outros pilotos, Gil iniciou a carreira no kart, onde conquistou títulos, como o Brasileiro de 87. Até tentou seguir os passos do pai na engenharia, mas abandonou o curso no terceiro ano para tentar a sorte no automobilismo na Europa. Atuou na Fórmula 3000 entre 1993 e 1994.
Chegou a fazer testes na Fórmula 1 na Arrows, mas, em um intervalo entre as baterias, bateu a cabeça em um caminhão. Os ferimentos fizeram com que Gil perdesse sua chance na F1. Em 1995, foi tentar a vida nos EUA e fez sua estreia na Indy.
Em sua primeira temporada, foi eleito o novato do ano e terminou o campeonato na 14ª posição. O primeiro título na Indy veio em 2000, na Penske. com duas vitórias e 168 pontos. Um ano depois, conquistou o bicampeonato também com duas vitórias e, desta vez, 199 pontos.
Em 2002, migrou junto com a Penske para a Indy Racing League (IRL). Seu maior feito na competição veio em 2003, quando venceu as 500 milhas de Indianápolis. Ele terminou a temporada com o vice-campeonato e se despediu das pistas na etapa do Texas.
Em 2005, tornou-se diretor esportivo da equipe British American Racing (BAR) na Fórmula 1. Além disso, o ex-piloto foi chefe da Honda na Fórmula 1 entre 2005 e 2007.
Em 2008, retornou às pistas. Dono e piloto da Ferran Motorsports, ele disputou a American Les Mans Series até 2009, quando se aposentou mais uma vez. No ano seguinte, criou a De Ferran Dragon Racing para competir a IRL. No ano seguinte, porém, a equipe encerrou suas atividades por falta de patrocinadores.
Desde 2017 estava na McLaren, onde começou como coach de Fernando Alonso nas 500 Milhas de Indianápolis. Em julho de 2018, Gil de Ferran assumiu o recém-criado cargo de diretor esportivo na McLaren. Em agosto de 2019, passou a cuidar do projeto da McLaren na Fórmula Indy, deixando o cargo no início de 2021.
Atualmente, Gil de Ferran vinha atuando como consultor da McLaren na Fórmula 1 durante o processo de reestruturação da equipe.
Com informações do GE