Parlamentares da oposição criticaram a ordem do STF na 24ª fase da Operação Lesa Pátria que teve como alvo o deputado federal Carlos Jordy
Líder do PL no Senado, o senador Carlos Portinho (RJ) disse que a ação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, é “evidente gesto de perseguição e violência politica contra um parlamentar e o próprio Congresso”.
“Ação do Poder supremo contra o líder da Oposição Carlos Jordy é evidente gesto de perseguição e violência politica contra um parlamentar e o próprio Congresso. É a comprovação da atuação de um Poder sobre outro. Jordy como parlamentar exerceu seu direito de fala criticando o sistema, mas não incitou movimentos ou atentou contra o Estado. Vivemos tempos sombrios, páginas da nossa história que acreditávamos fosse coisa do passado. Uma ação de força e extrema, como ocorre nesse inquérito contra um parlamentar, somente se justificaria houvesse provas e fatos concretos e inequívocos, pois, em não havendo ameaça, toda a oposição ao atual governo, com a intenção de calá-la e intimidá-la. A nossa democracia segue abalada porque alguns com o propósito de defendê-la a capturaram.”
O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que o Brasil vive uma “democracia tutelada” e que urge “o restabelecimento da normalidade democrática”.
“‘Democracia Tutelada’. Minha solidariedade ao líder Carlos Jordy, deputado federal que teve seu gabinete hoje alvo de busca e apreensão por ordem do ministro Alexandre de Morais, urge no Brasil o restabelecimento da normalidade democrática, o necessário reequilíbrio entre poderes, a transparência e o término de inquéritos excepcionais que viraram rotina. Esse clima inquisitorial é incompatível com a democracia.”
O senador Flávio Bolsonaro disse que “a Constituição Federal protege parlamentares por suas opiniões para evitar, exatamente, o que está acontecendo com Carlos Jordy : óbvia perseguição política combinada com sorriso de vingança no canto da boca. Quem não sabe conviver com as diferenças não está preparado para viver em democracia. A forma como essa investigação está sendo conduzida é muito mais “lesa pátria” que o próprio 8/Jan.
A continuidade dela, além de autoritarismo e arrogância, é o mesmo que querer culpar a mulher que foi estuprada, ou seja, quem defende a democracia passou a ser o errado.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) afirmou que investigação sobre o líder da oposição na Câmara é “um absurdo sem tamanho”.
“Um absurdo sem tamanho. Isso, sim, é uma violência contra um Poder. Invadir a casa e o gabinete de um Parlamentar. E diga-se que um Parlamentar que não cometeu crime, é um líder dedicado e, só por acaso, pré-candidato à Prefeitura de Niterói. Toda minha solidariedade a você, Carlos Jordy!”
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) repostou o vídeo de Jordy e escreveu na rede social X, antigo Twitter: “ditadura”.
Em comunicado, a PF informou que ter cumprido dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), oito no estado do Rio de Janeiro e dois no Distrito Federal.
Nas redes sociais, o líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy, alvo da determinação de Alexandre de Moraes, criticou a nova fase da Operação Lesa Pátria, afirmando que “estamos vivendo em uma ditadura”.
“É inacreditável o que nós estamos vivendo. Esse mandado de busca e apreensão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes é uma constatação de que estamos vivendo em uma ditadura. Eu, em momento algum do 8 de janeiro, incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto. Em momento algum estive nos quartéis-generais e nunca apoiei nenhum tipo de ato anterior ou depois do 8 de janeiro”, disse.