Envolvidos em comemorações de massacre são funcionários da ONU na Faixa de Gaza
Na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram que iriam “suspender temporariamente” todos os futuros financiamentos à agência da ONU responsável pela distribuição de ajuda aos civis na Faixa de Gaza.
O país foi um dos maiores doadores em 2022, assim como a Alemanha, a União Europeia e a Suécia. O Departamento de Estado dos EUA afirmou estar “extremamente preocupado” com as alegações envolvendo 12 funcionários da UNRWA.
A agência recebe quase todo o seu orçamento de doações voluntárias de estados membros da ONU. Em 2022, as doações totalizaram 1,17 bilhões de dólares. Em Janeiro de 2023, a organização apelou à comunidade global para aumentar o seu orçamento para 1,63 bilhões de dólares.
Os EUA reduziram drasticamente o seu financiamento em 2018, a pedido de Donald Trump. O ex-presidente criticou repetidamente as Nações Unidas e a UNRWA em particular. O dinheiro, no entanto, voltou a fluir de Washington.
O Canadá anunciou neste sábado, 27, a suspensão da ajuda orçamentária e operacional da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina (UNRWA) em Gaza após acusações de Israel de que funcionários da entidade podem estar envolvidos no ataque do Hamas de 7 de outubro.
A Austrália também suspendeu o financiamento. A ministra australiana das Relações Exteriores, Penny Wong, disse neste sábado estar “profundamente preocupada” com as acusações contra a UNRWA.
A UNRWA- Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo — foi fundada em 1949, após a Guerra Árabe-Israelense de 1948. Iniciou suas operações em maio de 1950.
No mês passado, a ONG de direitos humanos UN Watch, comandada por Hillel Neuer, divulgou um relatório com publicações de vinte funcionários da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) no Facebook comemorando massacres covardes de terroristas do Hamas contra mulheres, crianças e jovens desarmados no dia 7 de outubro.
Algumas mensagens são recentes e celebram os ataques do grupo terrorista Hamas, que invadiu Israel, matou 1.400 israelenses e capturou 240 reféns.
No dia 7, o dia do ataque, о professor Hmada Ahmed (na foto, posando com o crachá da UNRWA) escreveu: “Bem-vindos ao Grande Outubro. Uma semana depois, ele publicou a seguinte mensagem:
Esta terra não pode acomodar duas nacionalidades. Somos nós ou eles. Nós somos aqueles que vão ficar, e eles vão passar”, escreveu.
O médico Abedelmeneim Alshrafy, que trabalha na UNRWA na Faixa de Gaza desde 2014, lamentou a morte de um sobrinho, que teria morrido no dia 7, provavelmente durante o ataque do Hamas a Israel.
O funcionário da ONU publicou uma foto do sobrinho morto, com uma faixa do Hamas na cabeça.
Em 2017, Alshrafy já tinha publicado uma colagem de terroristas do Hamas no Domo da Rocha, a mesquita que fica em Jerusalém, no Monte do Templo, e está sob jurisdição da Jordânia. “Em breve, se Alá quiser”, escreveu abaixo da imagem.
Outro funcionário da ONU, Bashir Khamis Ghannan é um pediatra que trabalha na UNRWA, na Faixa de Gaza. No dia 7, ele compartilhou uma mensagem de um instituto acadêmico sobre o massacre.
“Ó Alá, tenha piedade dos nossos mártires e os receba no céu, tenha muita paciência com seus familiares e os fortaleça, proteja suas famílias em Gaza e os fortaleça para que eles possam se recuperar rapidamente com a verdade”, escreveu Ghannan.
Iman Hassan se diz diretora de uma escola da UNRWA. Em seu perfil, ela diz que está nessa função desde 2021. Uma das fotos de sua conta mostra Iman dando aula
No dia 7, ela publicou na rede social uma mensagem justificando o ataque:
“De um jeito ou de outro, é hora de recuperar nossos direitos e reparar as queixas daqueles que foram injustiçados. Cuidado, cuidado com minha explosão e minha raiva”, escreveu. Ela também compartilhou uma mensagem que apoiava ações dos terroristas do Hamas, que queimaram pessoas em suas casas: “Queimem, queimem, queimem”.
A UN Watch lembra que esta não é a primeira vez que a ONG revela condutas antissemitas dos funcionários da entidade. “A resposta frequente da UNRWA à nossa pesquisa tem sido minimizar o problema e menosprezar nossa ONG de direitos humanos”, escreve a UN Watch no relatório. “A UN Watch deixou repetidamente claro que as postagens no Facebook são apenas um sintoma de muito problema sistêmico maior – o fato de que a UNRWA contrata pessoal que apoia o antissemitismo e o terrorismo em primeiro lugar, incluindo cerca de 20 mil professores Tendo em conta as conclusões deste relatório de que o pessoal da UNRWA
terrorismo em primeiro lugar, incluindo cerca de 20 mil professores. Tendo em conta as conclusões deste relatório de que o pessoal da UNRWA regozijou-se descaradamente com as atrocidades do Hamas em 7 de outubro, a UN Watch insta a UNRWA a reexaminar a sua abordagem.”