Marcos Pontes alertou governo há quase um ano para comprar vacina e governo ignorou chegando agora a uma explosão de casos
O senador Marcos Pontes (PL/SP) culpou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( PT ) por não ter comprado vacinas contra a dengue em meados de 2023.
Segundo o senador, que é o único astronauta brasileiro a entrar na órbita da terra, o Brasil já poderia estar protegido da doença se não fosse a irresponsabilidade de Lula.
“Alertei em 19 de abril de 2023, quando enfrentamos um surto da doença, que o Brasil já estava apto para adquirir a vacina contra a dengue de um laboratório japonês! Segundo Resolução RE 661/23 de 02 de março de 2023 da ANVISA.
NADA FOI FEITO!, exclamou o senador em uma rede social na Internet.
O Brasil registrou nas três primeiras semanas de 2024 mais de 120 mil casos de dengue. O número é quase o triplo de notificações do mesmo período em 2023: 44.752. O Ministério da Saúde contabilizou 12 mortes pela doença neste ano e 85 óbitos seguem em investigação.
Segundo o senador, “a vacina Qdenga mostrou uma eficácia geral impressionante de 80,2% contra a dengue após 12 meses da aplicação da segunda dose e uma redução de 90% nas hospitalizações por dengue“, afirma.
Agora, o governo federal tenta correr contra o tempo. Apenas no final do mês passado, dia 21 de dezembro, o Ministério da Saúde informou que haveria vacinação com o imunizante, cedido gratuitamente pelo laboratório.
A vacinação contra a dengue no Brasil começa em fevereiro, mas não será de maneira uniforme e atenderá um número restrito. O país recebeu 750 mil doses em 20 de janeiro e outras 570 mil só devem ser entregues no próximo mês.
Menos de 10% dos mais de 5 mil municípios irão receber as poucas vacinas, que não têm quantidade suficiente para imunizar nem o público alvo selecionado pelo governo federal por conta da baixa quantidade do medicamento, as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
A Qdenga (TAK-003) desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma. O registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023.
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