OAB pede punição a delegado que quebrou sigilo entre advogado e cliente em investigação comandada por Alexandre de Moraes

Inquérito sobre a suposta ofensa contra, denunciada e investigada por Alexandre de Moraes em Roma e sua família por Roberto Mantovani e família teve crime previsto na Constituição

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou neste domingo (18), ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação criminal contra o delegado da Polícia Federal Hiroshi de Araújo Sakaki.

Segundo a representação dos advogados, Sakaki expôs de forma ilegal conversas entre o empresário Roberto Mantovani Filho e o advogado Ralph Tórtima.

O crime do delegado aconteceu no inquérito sobre a suposta ofensa proferida pelo empresário ao filho do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A PF quebrou o sigilo da conversa entre o investigado e seu advogado.

“O episódio contém ofensa grave às prerrogativas da classe e, por isso, a OAB solicitou ao STF e à PGR providências para assegurar o sigilo das comunicações, que é protegido pela Constituição”, afirma o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti.

O presidente da OAB e os 27 presidentes estaduais da entidade solicitaram ainda que as “conversas ilegalmente analisadas e expostas” sejam retiradas do processo e declaradas nulas.

Segundo as petições, o delegado federal Hiroshi de Araújo Sakaki incluiu no processo “transcrições de diálogos, prints de imagens e de documentos concernentes às comunicações entre o cliente e o seu advogado”.

Simonetti afirmou ainda que “as prerrogativas da advocacia existem para proteger os direitos e garantias dos cidadãos representados pelos advogados”

“É inaceitável regredir à época em que não havia direitos e liberdades fundamentais. Defender a democracia envolve proteger seus pilares, inclusive as prerrogativas da advocacia”, acrescentou.

No relatório da PF encaminhado ao ministro Dias Toffoli, do STF, os investigadores expuseram as tratativas de Roberto Mantovani Filho com seu advogado.

Ralph Tórtima, o advogado, pediu ao STF o desentranhamento da conversa mantida com seu cliente, sob alegação de estar protegida por sigilo profissional.

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