PF divulga foto de Lula e Janja com bebê rato encontrado em investigação sobre agressão a Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma

O rato em questão não roeu a roupa do rei de Roma, mas corrói a ética de investigadores que vazam todo tipo de informação que lhes convém

O inquérito que investiga no Supremo Tribunal Federal (STF) uma confusão envolvendo o ministro da corte, Alexandre de Moraes e a família do empresário Roberto Mantovani em aeroporto na Itália, além de ser considerado equivocado por juristas, também é exemplo de falta de ética.

Os constantes vazamentos por interesse dos investigadores e inquisidores demonstra que o judiciário brasileiro está longe de ser sério.

O vazamento do dia são informações que supostamente a Polícia Federal (PF) teria encontrado no celular de um dos envolvidos.

A PF afirmou ter encontrado uma “montagem surreal” no celular apreendido com o empresário de 71 anos.

Na imagem, “o presidente da República e a primeira-dama seguravam uma coisa”, com “corpo e feição infantis”, e a “cabeça de um rato”, descreveu o delegado Hiroshi de Araújo Sakaki ao ministro Dias Toffoli, relator do caso no STF.

Segundo o vazamento cuidadosamente feito para a imprensa, o delegado Sakaki teria escrito: “Em 07/07/2023, Roberto Mantovani Filho compartilhou pelo aplicativo WhatsApp com diversos contatos uma imagem com uma montagem surreal”, ao anexar o referido arquivo no relatório.

Outros conteúdos no celular de Mantovani também foram destacados no documento produzido pela PF. “A primeira-dama do RS é macho, o governador é v!@d0, o presidente é ladrão”, dizia trecho da legenda de uma foto que registrava o encontro do governador Eduardo Leite e de seu companheiro, o médico Thalis Bolzan, com Lula e de Janja.

Não é possível determinar se o texto foi escrito por Roberto e colocado junto à citada fotografia ou se ele recebeu a imagem, já com o texto (homofóbico e injurioso), e apenas repassou da forma que recebeu”, teria escrito a Polícia Federal para Dias Toffoli.

A justificativa da inserção de tais dados seria de que o relatório buscava traçar um perfil de Roberto Mantovani por meio de seu comportamento nas redes sociais. Os conteúdos no celular do empresário, segundo a PF, seriam de teor “homofóbico, misógino e com injúrias”.

O ministro Alexandre de Moraes alegou que o empresário agrediu seu filho Alexandre Barci de Moraes, no Aeroporto Internacional de Roma, em julho de 2023. Mas a Polícia Federal avaliou contudo, ao analisar imagens de câmeras de segurança, ter havido apenas o crime de injúria, que é de menor potencial ofensivo.

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