Defesa do ex-presidente apresentou resposta ao STF nesta terça-feira
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF), um ofício endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, apresentado as razões de sua permanecia na embaixada na Hungria por dois dias.
“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada“, dizem os advogados.
No ofício, os advogados afirmam que Jair Bolsonaro se hospedou na embaixada da Hungria para discutir temas políticos e negou ter ido pedir asilo ou para fugir de investigações. A defesa do ex-presidente afirmou que supor que Bolsonaro pudesse pedir asilo é altamente infundado.
“[Bolsonaro] sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador“, afirmam os advogados.
Bolsonaro foi para a embaixada da Hungria no último dia 12, quatro dias após ter tido o passaporte apreendido pela Polícia Federal na operação sobre tentativa de golpe de Estado e deixou o local no dia 14.
Na última segunda-feira, após a divulgação da estadia de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria, Alexandre de Moraes, que é o relator da investigação, deu 48h para o ex-presidente se explicar. No ofício, os advogados dizem que Bolsonaro tem amizade com autoridades húngaras e foi para a embaixada tratar de temas políticos.
O terreno de uma embaixada é de soberania do país representado e portanto, agentes brasileiros só poderiam chegar a Bolsonaro, no caso de ser determinada uma prisão, com autorização do governo húngaro.