Valores não incluem gastos do ministro da Justiça com viagens para acompanhar o caso no Rio Grande do Norte
Segundo dados obtidos com a Lei de Transparência, a administração federal já gastou em decorrência da fuga dos presos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça do presídio federal de alta segurança em Mossoró (RN) cerca de R$ 2,5 milhões.
Os recursos foram alocados para as operações de rastreamento da dupla que escapou no dia 14 de fevereiro. Nesta terça-feira (2), a fuga completou 49 dias.
Os custos contabilizados entre a data da fuga e o dia 27 de março são de R$ 2.491.911,78.
O dinheiro foi usado para cobrir os gastos da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal, da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal e da Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado.
Mas é importante lembrar que o custo total da operação pode ser superior, pois os gastos da Polícia Rodoviária Federal nas buscas ainda não foram contabilizados.
Durante o período de 20 de fevereiro a 21 de março, a Força Nacional foi a que mais recebeu recursos, utilizando R$ 1.245.549,21. Desse total, R$ 1.026.188,75 foram destinados para pagar as diárias dos agentes e R$ 103.914,44 para o financiamento dos planos de saúde dos envolvidos e R$ 115.446,02 em manutenção e abastecimento das viaturas usadas na operação.
A segunda maior despesa foi atribuída à Polícia Federal, atingindo o total de R$ 809.202,24. A Superintendência Regional da entidade no Rio Grande do Norte aplicou R$ 391.199,31 nos esforços para recapturar os fugitivos, enquanto a Diretoria Executiva da PF destinou R$ 273.852,93 para a operação. Adicionalmente, foi necessário um gasto de R$ 144.150 para o combustível do helicóptero usado nas buscas.
A Diretoria do Sistema Penitenciário Federal desembolsou R$ 125.233,80 em passagens e R$ 252.506,43 em diárias para um contingente de 32 agentes. Além disso, o órgão também gastou R$ 51.328,30 para abastecer os veículos usados pelos funcionários.
A Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado desembolsou R$ 5.611,80 para passagens aéreas e R$ 2.480 para as diárias e deslocamento de um servidor para ajudar na captura dos fugitivos. Ele ficou em Mossoró de 22 a 29 de fevereiro.
A Força Nacional chegou ao Rio Grande do Norte em 23 de fevereiro, e saiu do caso na semana passada, depois de fracassar nas buscas depois de 40 dias.
Não estão contabilizadas as idas do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski para acompanhar de perto a busca pelos foragidos. Os custos são altos, já que o ministro reserva um avião da FAB para se deslocar, gasta com hospedagem e alimentação.