Três vereadores e mais 11 pessoas são presos por ligações ao PCC e fraudes

Alvos são acusados de fraudar licitações em contratos de mais de R$ 200 milhões

O Ministério Público de São Paulo deflagrou uma nova operação para desarticular um grupo criminoso associado a quadrilha Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeito de fraudar licitações.

Os vereadores presos na manhã desta terça-feira (16), são Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão, Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos e Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel.

Outras 11 pessoas foram presas e uma ainda é procurada.

A quadrilha ligada ao PCC tem várias empresas que atuam forjando concorrência para vencer licitações e firmar contratos com diferentes prefeituras para contratação de mão de obra terceirizada.

O MP afirma que as fraudes envolvem os mais de R$ 200 milhões em contratos públicos nos últimos anos.

Foram expedidos mandados de busca e apreensão em 42 endereços, e outros 15 de prisão temporária, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos.

A operação é feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo, e a Polícia Militar.

O material apreendido nos 42 mandados de busca e apreensão foi levado à sede do MP na capital.

Dinheiro apreendido na manhã desta terça-feira (16) durante operação do MP-SP contra alvos ligados ao PCC. — Foto: Acervo pessoal
Dinheiro apreendido na manhã desta terça-feira (16) durante operação do MP-SP contra alvos ligados ao PCC

Os contratos fraudulentos ocorreram em Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba.  Outros municípios têm contratos que ainda estão sob análise do MPSP.

Segundo os promotores, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico. Também há evidências de corrupção de agentes públicos e políticos (secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores, pregoeiros etc.) e diversos outros crimes – como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

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