Globo tenta fazer parecer que Moro cometeu crime ao devolver dinheiro roubado da Petrobras para a Petrobras

G1 estampou manchete com informações distorcidas e falsas dizendo que há “indícios” de que ex-juizes da Lava Jato teriam cometido crime

A assessoria, nem tanto oculta, da Globo ao presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) tenta prejudicar a imagem dos ex-juizes da Lava Jato que o condenaram por corrupção.

Nesta segunda-feira (16) o site da Globo estampou uma manchete dizendo que há “indícios ” de que ex-juizes da Lava Jato teriam cometido crime.

Sob o título “Relatório da PF aponta indícios de que Moro abriu processo para permitir repasses de valores a Petrobras” e sub título “O blog teve acesso ao relatório sigiloso que aponta falhas e suspeitas de condutas criminosas de integrantes da Lava Jato”, o grupo Globo continua a fazer a assessoria de interesse pessoal do ex-condenado por corrupção que voltou ao poder.

Globo sugere que juízes cometeram crimes

A matéria capciosa diz que ” Em um dos pontos, o documento aponta que o ex-juiz Sergio Moro se valeu de um processo sigiloso para não ser questionado sobre valores obtidos por acordos da Petrobras e para permitir repasses sem que houvesse questionamentos”, sem informar no trecho da matéria, que o dinheiro seria devolvido justamente para a Petrobras, tentando fazer parecer que Moro e Gabriela Hardt se apropriariam do dinheiro. O que é uma informação falsa.

A Globo baseou seu texto assinado por uma jornalista, em relatório que teria obtido do delegado da PF, Elzio Vicente da Silva, em apoio à corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, comandada pelo ministro Luis Felipe Salomão.

Segundo a Globo, o documento obtido diz que: “o argumento central contido na hipótese criminal I é que a instauração voluntária pelo então juiz Sergio Moro, , de um processo sigiloso , a representação criminal restrita ao juízo, Petrobras e integrantes da força-tarefa da Lava Jato, foi feita especificamente para permitir o repasse não questionado de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência para a conta da Petrobras, alimentando a empresa com dinheiro dos acordos”.

Na matéria, a jornalista Camila Bonfim afirma que “o documento aponta que havia intenção de direcionar parte da multa que seria aplicada pela Lava Jato.

Só depois então ela faz o que seria parte da transcrição do documento “ ...Já cientes e conscientes os atores a respeito das apurações iniciadas pelos Estados Unidos me (sic) 2014 em face da empresa, cientes e conscientes da demanda de acionistas minoritários e da apuração cível em tramitação no Ministério Público do Estado de São Paulo e com a intenção de promover o direcionamento de parte da multa que viria a ser aplicada , por meio de ações do juízo e da atuação proativa de integrantes da força-tarefa da Lava Jato — que assumiram indevidamente o papel de representantes do Estado brasileiro, junto à Petrobras e aos norte-americanos”.

No ano passado, Sergio Moro reagiu nas redes sociais, à notícia de que o Conselho Nacional de Justiça decidira abrir uma investigação sobre ele e Gabriela Hardt, ex-juízes titulares da Operação Lava Jato em Curitiba.

Salomão alegou que Moro e Hardt teriam promovido repasse de R$ 2,1 bilhões à Petrobras, entre 2015 e 2019, sem critérios objetivos, antes do trânsito em julgado de parte das ações penais.

Segundo Sérgio Moro, “No fantástico mundo da Corregedoria do CNJ, recuperar dinheiro roubado dos bandidos e devolver à vítima (Petrobras) é crime. Só mesmo no Governo Lula”, escreveu o ex-juiz, hoje senador pelo União Brasil do Paraná.

acordo de leniência é uma ferramenta de combate à corrupção estabelecida pela Lei Anticorrupção (12.846/2013), que prevê punições menores a companhias que confessam participação em atos ilícitos contra a Administração pública — seria como se fosse uma delação premiada, mas para pessoas jurídicas.

Sérgio Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo que investigou a compra e a reforma de um apartamento triplex em Guarujá, SP. A sentença foi aumentada pelos desembargadores do TRF-4 para 12 anos e seis meses.

A juíza Gabriela Hardt condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão no caso da ocultação de bens do sítio de Atibaia.

Luis Felipe Salomão afastou ontem, Gabriela Hardt do cargo de juíza.

Os pagamentos da Secretaria de Comunicação e dos ministérios para os canais da Globo e das afiliadas passaram de R$ 89 milhões em 2022 para R$ 142 milhões no 1º ano do novo governo Lula.

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