Dino não se acha suspeito e suspende análise de aliado dele no STF

Ministro do STF pediu vista no processo, durante julgamento de queixa de Bolsonaro contra Janones

Por Victório Dell Pyrro

O ministro Flávio Dino do Supremo Tribunal Federal (STF) pode ficar até 90 dias beneficiando seu aliado político e tão falastrão quanto ele, na defesa do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).

Dino, na cara lisa, não se deu por rogado e dá uma mão e tanto ao seu companhreirão de luta político partidária, André Janones.

Em um processo, que trata das acusações de injúria e calúnia feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro contra o deputado Federal, Dino se sente isento para julgar, apesar de além de ser forte aliado de Janone, inimigo declarado de Bolsonaro.

Ele prometeu respeitar a lei?

Deveria se abster. Este é o Brasil. Este é o Senado comandado por um certo Pacheco.

No ano passado, Janones postou em suas redes sociais e ainda está lá, para refrescar a memória dos senadores da Repúbluca de bananas, que Flávio Dino compõe a “gang” autoentitulada “Os vingadores”, uma espécie de grupo montado para se vingar contra o ex-juz Sérgio Moro, hoje senador da República, Deltan Dallagnol, que já acabou sendo cassado e outros integrantes da operação Lava-Jato, que desbaratou a maior quadrilha de corruptos que já se teve notícia.

Ambos, André Janones e Flávio Dino eram e são juntos uma espécie de força tarefa de Lula para destruir todos que ajudaram a colocá-lo na cadeia.

A relatora do processo no STF, a ministra Cármen Lúcia defendeu que seja instaurado um processo contra o deputado pelo crime de injúria. Segundo a ministra, ao se defender, Janones não negou o conteúdo das declarações direcionadas a Bolsonaro.

Cármen também disse que, neste caso, não era possível invocar o princípio da imunidade parlamentar. “Afastados os argumentos defensivos, revela-se suficiente, portanto, para o recebimento da queixa-crime, a presença de indícios da autoria e da materialidade delitiva, como comprovado. A prova definitiva dos fatos será produzida no curso da instrução, não cabendo, nesta fase preliminar, discussão sobre o mérito da ação penal“, escreveu.

Antes do pedido de vista, o ministro Alexandre de Moraes acompanhou a posição da ministra e Cristiano Zanin, claro, outro isent advogafo do ex-presidiário Lula divergiu.

Os demais ministros não se manifestaram ainda no processo. Pelos prazos regimentais, Dino tem até 90 dias para retomar o julgamento.

No refofno do STF, algum dos ministros deveria ter a obrigÇão moral de avisar Dino que ele é um vingador e se retirar do julgamento.

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