Militar foi preso em operação da PF deflagrada em fevereiro desre ano
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), soltou na noite desta quinta-feira (16), o coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor direto do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Marcelo é suspeito de participar de um suposto planejamento de golpe de estado.
Alexandre de Moraes impôs o uso de tornozeleira eletrônica e o comparecimento semanal em juízo, bem como a proibição de se ausentar do Distrito Federal.
O militar também não pode se comunicar com os demais investigados ou utilizar as redes sociais. O coronel, que teve o porte de armas cancelado.
Marcelo Câmara estava preso no Setor Militar Urbano (SMU), na capital federal. Ele foi preso na Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro pela Polícia Federal.
Câmara é investigado por suspeita de participar de supostos atos preparatórios para um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder.
A defesa dele nega a participação.
Segundo relatório da PF sobre as investigações, Câmara teria monitorado o próprio Moraes, com o intuito de planejar a prisão do ministro, um dos passos do suposto plano de golpe. Ainda segundo o documento, o coronel trabalharia em coordenação estreita com o próprio Bolsonaro.
Ao soltar o coronel, Moraes acatou parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). Para o órgão, o grupo criminoso investigado já foi desarticulado e a soltura de Câmara não ameaça as investigações.
Também nesta semana, numa investigação paralela, sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Moraes determinou a soltura do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, o último integrante da antiga cúpula da PMDF que ainda estava preso. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por omissão durante os ataques em que a sede dos Três Poderes foram invadidas e depredadas no dia 8 de janeiro de 2023.