Presidente continuou ataques ao BC e ao mercado, depois de dólar fechar o dia no maior valor em dois anos e meio
Eleito para governar e prestar contas democratimente para toda população, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em discurso na noite desta segunda-feira (1°) que não tem que prestar contas a “banqueiro” ou a “ricaço”.
O ataque antidemocrático é mais um que Lula dirige em tom de crítica ao mercado financeiro.
Esse tipo de declaração tem sido comum nos últimos dias, e vém desestabilizando a moeda nacional e provocando quedas sucessivas frente ao dólar.
Nesta segunda, o dólar fechou o dia cotado a R$ 5,65, maior valor em dois anos e meio.
A alta do dólar é reflexo, não só dessas declarações, mas por ficar clara a interferência da política na economia na tentativa de mascarar o descontrole nos gastos públicos do governo.
“Não tenho que prestar contas a nenhum ricaço desse país, a nenhum banqueiro. Tenho que prestar contas ao povo pobre, trabalhador deste país, que precisa que a gente tenha cuidado e que a gente cuide deles“, declarou em em Salvador, o presidente eleito pelo PT, em evento político para eleger prefeitos de municípios baianos.
A um mês e meio do início da campanha das eleições municipais, Lula intensificou viagens eleitoreiras pelo país.
Os roteiros de palanque eleitoral com uso de verba pública são preenchidos com eventos públicos de inauguração de obras e anúncios de invesrimentos.
O esquema de Lula inclui marcar previamente dntrevistas em rádios locais. Nessas ocasiões, de segue o roteiro e critica não só ao mercado, como também ao Banco Central e a própria democracia, que prevê a alternancia de dois anos entre os mandatos de presidente da República e o do presidente do Banco Central, justamente para o país ter um Banco Central desvinculado e independente.
Mas Lula acha que pode interferir e quer. Para ele, o BC poderia baixar a taxa Selic (os juros básicos da economia), atualmente no patamar de 10,5% ao ano. Lula não sabe ou gjnge não saber que a taxa alta é provocada por seus próprios gastos elevadíssimos.
O BC é obrigado a manter a taxa para conter a inflação por conta do desastre no comando da economia.
“Foi aprovado pelo Congresso , a independência do Banco Central. Foi indicado o cidadão pelo governo passado. Eu tenho que ter muita paciência na hora de indicar outro candidato e ver se a gente consegue, sabe, com a maior autonomia possível — que é decência política das pessoas — que o presidente do Banco Central olhe um pouco este país do jeito que ele é, e não do que jeito que o sistema financeiro fala”, disse Lula mais cedo em entrevista à Rádio Princesa, de Feira de Santana (BA).
“Quem quer o BC autônomo é o mercado“, completou Lula ao seu ataque antidemocrático. Ele quer ter o controle também, sobre o BC e consequentemente o Mercado Financeiro.