Incompetencia do judiciário fez crime anterior prescrever e donos da Comunidade Terapêutica Efata nunca foram punidos
Um paciente de 55 anos, Jarmo Celestino de Santana, foi torturado e morto em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Cotia, na Grande São Paulo, chamada de Comunidade Terapêutica Efata.
O crime foi filmado por um dos funcionários da Comunidade Terapêutica Efata, Matheus de Camargo Pinto, no dia (5). O paciente foi levado na segunda-feira (8) ao hospital em Vargem Grande do Sul, cidade vizinha de Cotia. A equipe médica constatou a morte dele em seguida.
Jarmo foi amarrado em uma cadeira e agredido por Matheus e outros funcionários.
Matheus foi preso em flagrante nesta terça-feira (9).
Segundo a polícia, a clínica era clandestina e não tinha autorização para funcionar.
Outros funcionários da clínica e os proprietários serão investigados.
Detalhes do crime:
O vídeo da agressão mostra Jarmo sofrendo e implorando por ajuda.
Jarmo foi levado para um hospital no dia seguinte, mas não resistiu aos ferimentos.
Outros funcionários da clínica e os proprietários serão interrogados.
A Prefeitura de Cotia interditou a clínica.
Histórico da clínica:
Em 2019, os proprietários da clínica, o casal Cleber Silva e Terezinha Conceição, foram acusados de maus-tratos contra adolescentes em outra unidade terapêutica.
Em 2020 e 2021, os proprietários da clínica foram declarados réus pela Justiça por maus-tratos a quatro adolescentes, mas o crime prescreveu sem que os donos da clínicafossem punidos,
A prescrição é o fim da possibilidade de punições por um crime, depois de um tempo determinado que varia de acordo com o crime.