PF prende Renato Duque que estava foragido de condenação por corrupção nos governos Lula e Dilma do PT

Ex-diretor da Petrobras é condenado a 39 anos de prisão em processos contra a corrupção descobertos pela Operação Lava Jato

A Polícia Federal prendeu neste sábado (17) o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, que estava foragido, na manhã deste sábado em Volta Redonda, na região Sul do Rio de Janeiro.

Duque, condenado a 39 anos de prisão, chegou a ser procurado em Curitiba. Segundo a PF, ele também tinha informado à Justiça um endereço no Rio de Janeiro.

Renato Duque, de 69 anos, foi encontrado em uma casa no bairro Niterói, após o cruzamento de informações de inteligência do Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro.

A Justiça Federal de Curitiba expediu o mandado de prisão dele no dia 18 de julho. Desde então, ele não tinha sido encontrado.

A condenação foi pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro que ocorreram durante os governos do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Inocialmente Duque foi acusado na Operação Lava Jato por delatores de beneficiar, receber propinas e repassar a politicos dinheiro roubado por empresas como a SBM. Bueno e a Galvão Engenharia, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Engevix, Iesa, Mendes Júnior, MPE, Setal, Skanska e UTC. Também teriam pago propinas os estaleiros Rio Grande (da Engevix), Jurong, Kepel Fels e o Enseada do Paraguaçu (do consórcio Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki).

Nas planilhas de distribuição de propinas de um dos estaleiros contratados pela Petrobras, o Jurong, cada um dos beneficiários era identificado com uma sigla: MW (My Way) era Renato Duque.

Depois de delatado, Duque resolveu colaborar e entregou à Justiça Federal de Curitiba uma foto em que ele aparece abraçado ao ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foto de Lula e Renato Duque consta em processo da Lava Jato

Segundo os advogados dele, a fotografia registra um encontro de 2012, que seria um dos três encontros que teve com Lula para tratar de assuntos referentes a contratos da Petrobras e arrecadação de dinheiro roubado para o PT.

O doleiro Alberto Youssef, outro que ficou famoso na Lava Jato, também acusou o ex-diretor da Petrobras de receber propinas e ligou-o ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O empresário Augusto Mendonça Neto, sócio da empresa Toyo Setal, também disse, em depoimento na Justiça Federal, que Paulo Roberto Costa e Renato Duque recebiam propina. Disse Mendonça Neto: “Eu fui procurado e discuti essas questões com o próprio Duque e com Pedro Barusco, que era gerente de Engenharia da Petrobras na época. Eles me pediram, no caso do Paulo Roberto, 1%, e no caso do Renato Duque, 2%, sobre o valor do contrato”.

Outro delator da Operação Lava Jato, o executivo Julio Camargo, também disse ter pagado propina a Duque. Ele admitiu que repassou propinas para duas diretorias da Petrobras: Abastecimento, então sob comando de Paulo Roberto Costa, e Engenharia e Serviços, na ocasião dirigida por Renato Duque.

Paulo Roberto Costa também afirmou, em depoimento à Justiça Federal, que Duque recebia propinas de empresas contratadas pela estatal. O mesmo disse o empresário Shinko Nakandakari, apontado também como operador de propinas entre as empresas e funcionários da Petrobras.

Naknadakari disse em depoimento ter pagado R$ 7,5 milhões em espécie a Renato Duque e ao gerente Pedro Barusco entre 2010 e 2013. Desse total, Nakandakari disse que entregou R$ 1 milhão diretamente nas mãos de Duque, em dinheiro vivo. Ele acrescentou ainda que chamava Duque de “Nobre” e Barusco de “Amigão”.

O que liga Renato Duque ao presidente Lula?

Um outro encontro com Lula, ainda de acordo com os advogados de Pedro Barusco dm sua delação, foi o que ocorreu no hangar da TAM em Congonhas, quando, segundo Duque, Lula teria perguntado se ele mantinha contas na Suíça. Para comprovar, Duque informou que a reunião ocorreu no dia 2 de junho de 2014 e que viajou do Rio de Janeiro para São Paulo no voo JJ3944 -CGH- SDU e retornou no voo SDU-CGH.

A petição informa ainda que Duque renuncia a direitos das contas Satiras e Drenos, no Banco Cramer, na Suíça, e Pamofre e Milzart, no Banco Julius Baer, em Mônaco. O dinheiro já foi bloqueado pela Lava-Jato. Moro já condenou Duque a 53 anos de prisão por crimes relacionados à Petrobras, por corrupção e lavagem de dinheiro, em duas ações penais.

Segundo o Ministério Público Federal, Duque movimentou 20,5 milhões de euros (cerca de R$ 70 milhões) por contas na Suíça, Hong Kong, Bahamas, Estados Unidos, Panamá e Portugal. A movimentação chamou atenção quando Duque passou a transferir 20 milhões de euros da Suíça para Mônaco.

Documentos enviados à força- tarefa mostram que, entre julho e agosto de 2014, o total de 1,3 milhão de euros representado por 13 títulos de valores mobiliários – foi transferido para contas abertas em nomes das offshores Milzart Overseas Holdings e Pamore Assets Inc, no Banco Julius Baer..

2 comentários

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